quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Um dilema e minhas feras...
Mas um dia ... nunca é de repente, a Fera, ela é esperta, chega de mansinho, sorrateira, dribla minhas defesas, percebo que ela está acordando por pequenos sinais: uma dorzinha latente, arrepios pelo corpo, suores, gritos roucos.
Os sinais vão se intensificando: um coração que bate descompassado e acelera-se sem motivo.
E finalmente, ela desperta. É a volta da consciência da busca, do sentido, das metáforas, passo os dias conjugando verbos, respirando em arquejos, gritos mudos ecoam do meu peito.Fico alerta, sinto dor. Tenho sede, frio, fome ... fome de coisas que eu nem sequer sabia que queria. Nada me sacia quando a Fera acorda ... sou a pessoa mais exigente do mundo, quero tanto, quero a dor, quero o gozo, quero o mundo aos meus pés ... Ah! Quando a Fera desperta, não há alternativa, quero tudo em grandes goles, bebo a vida no gargalo....
Estou pensando, nesse exato momento, se canto uma canção de ninar ou se danço com minha Fera ao som de Dancin´days ... abra suas asas ... solte suas feras ....
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Deixar ir.
C.F. Abreu
talvez seja isso o tal do amor incondicional...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Nonsense
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Noite Estrelada.
Pois é ... ontem bebi várias constelações, Ursa Maior, Ursa Menor, Cassiopeia, Cruzeiro do Sul, Três Marias ... enfim, fui dormir estrelada.
...
De bom tenho a dizer que os seres que dentro de mim habitam puderam guiar-se pelas estrelas.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Cada vez acredito mais em Papai Noel
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A carta que eu queria ter escrito...
Delicadezas, Meu Deus!
Desejo para 2010
O meu grande desejo para 2010 é que eu possa continuar bebendo, comendo e sentido todos esses sabores e que um dia, eu consiga também escrever algo que alimente a alma, traga doçura e sensações boas para quem me ler. E mais, que as pessoas me reconheçam pelo meu gosto, o gosto que minhas palavras deixam.
Que assim seja!!!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Enquanto isso, nos braços de Morfeu.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Uma carta sem palavras.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Obliqua e Estranha?
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Esfinge ... finge.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Poetizando o Cotidiano
- Escuta! É o vento falando com a gente - diz a avó
O neto fica em silêncio, presta atenção no ruído e diz:
- Vó, eu não entendo, não falo "ventanês."
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Linguagem das fotos, dos corpos e das bocas.
Essa história me fez pensar em outra estória. Não sou observadora. Conheci uma pessoa esse ano (assim, pessoalmente!) e passei três horas conversando (com a luz do sol) e sou incapaz de dizer que roupa essa pessoa estava usando. A verdade é que o corpo não conseguiu me dizer nada, uma vez que não observei corpo algum, o diálogo se resumiu às bocas (aliás, era uma boca linda!). Devo admitir que gosto mesmo é de ouvir o que as bocas tem a dizer, mesmo quando não dizem.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Atos deliberados de uma pessoa nem sempre boa.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Confirmando o que você já sabe.
Sorri, bati minha cabeça três vezes e sai.
...
Diz coração, em alto e bom som!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O absurdo, o concreto, o onírico e a imortalidade.
domingo, 29 de novembro de 2009
Em casa.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Onde eu perdi minhas certezas?
Ele ouviu com atenção toda história, sorriu mais uma vez, deu um beijo bem de leve na sua boca despida de certezas e foi embora. Ela ficou ali, parada, sem saber o que fazer, já não tinha mais certezas.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Uma confissão, enquanto voltamos para ficar.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Aprendendo a dizer adeus...
ainda estou aprendendo, mas já consigo repetir
-Adeus!
desapego, let it go ... it go.
eu?
eu fico!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Não seja tão presunçoso... acho engraçado como você se identificam e toma para si o que é do outro, deve ser a uviversalidade dos sentimentos. A arte se inspira na vida, na minha, e na de qualquer outra que cruze ou não meu caminho. Vc não é fantasma, nem nunca foi, não se preocupe com isso. Não entendi nada do que escreveu e não se preocupe em explicar, a não ser que seja para vc mesmo. Não faça promessas que não pode ou não quer cumprir ...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Meu aniversário.
Aniversário pra mim é como um ano novo particular, hoje começa meu novo ano. Novas resoluções, ideias, sonhos, ideais renovados, esperança de poder fazer diferente, e principalmente, a chance de fazer melhor. Queria agradecer pelas palavras boas de novos amigos, de velhos amigos que ressurgiram e de grandes amigos que estão sempre por perto. Tenho 365 dias pela frente, isso é uma baita de uma responsabilidade e uma delícia sem tamanho.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Carta a um Jovem Amigo, a um velho amigo e a um amigo que parte.
domingo, 18 de outubro de 2009
Enquanto isso ...
"O que será que será,
que dá dentro da gente
que não devia????"
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Na vanguarda.
Ela aguardava que um dia ele entendesse o que tinha para oferecer. Era precioso demais para não ser valorizado, mas não é isso vanguarda?
Sou toda ouvidos.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Nada?
- O quê você quer dizer com tudo isso?
Olhei para ele, tentei olhar dentro dos seus olhos, demorei algum tempo para responder, não sei quanto tempo, o suficiente para ele piscar alguma vezes, impaciente, tempo também para que eu pudesse pensar em uma boa resposta . Em vão, só consegui repetir:
- Não quero nada.
Acho que ele se convenceu ... ou desistiu de mim,
não sei ainda.
sábado, 10 de outubro de 2009
Me leve, leve-me
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Não me leve a sério.
Por isso, só me leve, por favor, me leve.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
O que quero com isso?
Crise
sábado, 3 de outubro de 2009
O Sentido.
"O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo. Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e eventos. O sentido dos gestos. O sentidos dos produtos. O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido. Este anseio/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido. Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação. Só buscar o sentido faz, realmente, sentido. Tirando isso, não tem sentido”."
Paulo Leminski
Hoje li sobre Ocupação Paulo Leminski no Itaú Cultural em SP, e lá estava a resposta, eu que já gostava do Leminski, gostei mais ainda.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
No começo da primavera.
Havia escuridão dentro dela, percebe agora, mas a despeito de acharem que isso era ruim, vai logo esclarecendo: era uma escuridão estrelada. E tinha lá seus encantos. Assim como o sol. Lados opostos do mesmo todo.
Voltando a paixão da aurora, era assim que ela se sentia, abrindo os olhos, despertando devagar, nada era brusco com esse tipo de luz. Nem as cores, nem a intensidade. Paixão suave, quando se percebe, já se está.
Era assim que ela estava, no começo da primavera ...
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
UP ... and down
Acaba o filme, o filho olha para mãe muito sério e pergunta:
- Mãe, você gostou do filme?
- Adorei.
- Mas, porque você chorou?
- Veja bem, meu filho!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Saudades
Percebo que estou com saudades de certas pessoas, sentimentos, lugares, sensações.
Ando com fome ... muita fome.
domingo, 27 de setembro de 2009
Saudades
Saudades de certas pessoas, sentimentos, lugares, sensações. Ando com fome ... muita fome.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Mas era Primavera ...
- Poetinha, você não acha que fica meio forçado? A menina bacana vai se apaixonar logo pelo nosso pobre coitado?
Vinícius olhou sério para seu parceirinho e diz:
- Mas, Carlinhos, era Primavera!!
- Ah! Então está tudo certo.
http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/86554/
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A primavera chegando.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Social na Bienal
1. Não seguir uma pessoa só porque a pessoa falou: - sigam-me. 2. Não fazer cara de bobinha, mesmo sendo uma bobinha verdadeira 3. Que igrejas podem ser feitas de granizo e mármore 4. Que a "trepada" do Raj é objeto de desejo da mulherada. 5. Que o Arthur é maravilhoso e a Trinity é uma fofa. 6. Que não se usa flash nesse tipo de lugar, com esse tipo de luz. 7. Que bluetooth funciona no Galeão e na Bienal. 8. Que celular não funciona quando deve (quando foi isso mesmo?). 9. Que eu sempre posso escolher a alternativa menos madura. 10. Que a gente ainda chora de rir juntas. 11. Que bala de tamarindo é a bala dos cariocas. 12. Que a Jabaquara fica em algums lugar. 13. Que a vaca de salto alto é bem fotogência. 14. Que você é uma excelente companhia!!!!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Bienal do Livro

A programação do Café Literário e do Livro em Cena, com temas e escritores muito interessantes, deu um empurrãozinho a mais no meu "desespero". Mais livros na minha lista, já gigantesca, de livros para ler.
Depois de visitar a Bienal do Rio, de ver o público prestigiando o evento (mais de 640 mil pessoas) não posso acreditar no que dizem por ai: que brasileiro não gosta de ler (tudo bem, eu conheço as estatísticas, mas prefiro pensar que está mudando...) Vi crianças, adolescentes, jovens, adultos, senhores, senhoras, enfim, todas as idades passeando por lá. Isso só pode ser um bom sinal.
A ida para a Bienal rendeu boas gargalhadas, confira aqui outras impressões: http://acalmando.blogspot.com/2009/09/rio-de-janeiro.html
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Craque da Rodada
Campeonato Brasileiro, quarta-feira à noite. No Alto da Glória rolava o tal do Green Hell, barulho, luzes, fogos. Corinthians e Coritiba em campo. E, uma mãe quero-quero protegendo seu filhote contra tudo e todos. Ela não se importava com as 22 enormes pernas, coxas brancas, pretas, mulatas e caboclas, ela só se importava com seu filhote. Contra um mundo ameaçador de eventos que ela sequer entendia, e mesmo assim, estava lá, protegendo o pequeno quero-quero.
Se eu fosse escolher a imagem da rodada (eu, de cronista esportivo?!) ou o bola cheia da semana escolheria a mãe quero-quero. Mas sei que a campanha desastrosa do Fluminense rumo a Segundona, a volta do Ronaldo aos campos, o sofrível 1 X 0 do Furacão na Arena e os 2 x 0 do Vitória impedindo que o Inter dormisse líder, são notícias que interessam muito mais aos torcedores do que a mãe quero-quero e seu filhote.
Gosto de imaginar a cena, jogo encerrado, torcida deixando o estádio, luzes se apagando, o gramado vazio, silêncio, a mãe quero-quero falando para o filhote: viu, filho? Enfim a sós, enfim em paz.
------------- fecha parênteses ----------------
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Filosofia de Taxi
Ponto de Encontro
- Favor encaminhar as pessoas perdidas para o Ponto de Encontro.
Tive que ir dar uma olhada nesse tal lugar de pessoas perdidas, afinal, devia ser um lugar interessante, porque não há nada mais chato do que gente achada.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Um delírio.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
"Só sei que nada sei", de novo!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Um Alento
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Travessias
sábado, 5 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Mais uma carta.
Saudades de você, saudades de escrever para você.
Sou diferente, tenho por essência licença poética, e não tenho receio de fazer uso da poesia em meio ao caos urbano. Poderia ser eu a que enfeita seus viadutos, poderia escrever neles minhas palavras. Escreveria embaixo IMPORTANTE PRA C***! Sobre o amor, sabe? Ficaria bonito de ver o amor assim: O Amor é Importante, porra. IMPORTANTE PRA C***! E com isso selaria a sentença de forma absoluta. E, ficaria imaginando você passar por ali, enquanto corre em direção às suas escolhas. Por um segundo, você me leria e, ao me ler estaria me vendo, porque sou eu ali estampada e não minhas palavras. Possui-las é como me possuir e ler-me é uma forma de me ter. Mas isso, meu amigo, é segredo que conto apenas para você. Não, não conte a ela que eu lhe disse. Ela não é o tipo que cora, mas também não é o tipo que se expõe.
Tenho lido suas palavras, aquelas que não são direcionadas a mim, mas devo confessar que leio como se fossem, saboreando você também nas suas palavras. É isso, sinto seu gosto ...
C.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sem palavras, Com bocas.
Nada disseram.
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domingo, 30 de agosto de 2009
Uma pergunta
sábado, 29 de agosto de 2009
Toca Raul
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza...
E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir..."
(Maluco Beleza - Raul Seixas)
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Clarice Lispector
De fato em fato ... ao ato(?!)
E dessa vez nem sua criatividade borbulhante pode ajudar, primeiro achou que deveria haver uma explicação mágica para tudo aquilo. Fato 2, ela adora dizer que acredita no significado oculto dos acontecimentos, atualmente anda achando que as palavras são mais bonitas do que o tal do significado oculto em si. Analise: Não se sabe mesmo, com certeza, o significado de nada, então ou tudo é oculto ou nada tem um significado.
Fato 3. Demorou elaborando e escrevendo tantas teorias que acabou dizendo sem dizer e falando sem falar. E olha que isso é uma estratégia refinadíssima, demora-se anos para entender o poder de dizer sem falar. O pior de tudo é que as pessoas ouvem o que você não diz e não ouvem o que você diz. Parece confuso e é mesmo, se não fosse confuso ela não precisaria se explicar.
Fato 4. Ela não disse o mais importante. Fato 5. Ela ainda não sabe o quê é, mas sabe que tem algo a dizer que não disse, apesar de ter dito muito.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O Gato Subiu no Telhado
- A verdade.
- Eu fui super e absolutamente verdadeira. O que vc acha que eu não disse?
- Talvez não seja o quê, mas como. Se vc escreveu cheia de bossa.. não foi verdade.
- Como assim??????
- Não sei, mas tenho uma intuição que vc não escreveu despida.
- Eu estava super nua, até passei frio, o que vc acha que eu devo falar que eu não falei?
- Não sei o que você escreveu, mas acho que mexeu tanto com vc que vc se perdeu..como há muito não acontecia. Mexeu com o seu 'poder', com a sua capacidade de controlar esse poder. E vc ficou ali.. simplesmente uma menina.. sem saber o que fazer.
- Porque vc acha isso?
- Por que vc SEMPRE tem alguma coisa pra dizer, mesmo quando não diz. E agora vc simplesmente NÃO tem nada pra dizer!!!! entende????
- Não, não entendo e quero desesperadamente entender, porque essa situação está me tirando o sono, porque eu não entendo
- Qual foi a última vez que vc ficou sem saber o que dizer? REALMENTE sem saber o que dizer.. e não não querendo dizer.
...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Estou encantada ... "a poesia prevalece".
...
Teu sagrado e tua besteira
Teu cuidado e tua maneira
De descordar da dor
De descobrir abrigo
Entre tanto amor
Entretanto a dúvida
A música que casou
Um certo surto que não veio
Há uma alma em mim,
Há uma calma que não condiz...
Com a nossa pressa!
Com resto que nos resta
Lamentavelmente eu sou assim...
Um tanto disperso
Às vezes desapareço
Pois depois recomeço
Mas antes me esqueço
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa é...
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa...
Minha senhora diz:
Bons ventos para nós
Para assim sempre
Soprar sobre nós...
http://letras.terra.com.br/o-teatro-magico/1256100/ - lindo!
http://www.youtube.com/watch?v=ZvcKC7a3riI - em libras!
sábado, 22 de agosto de 2009
Dias que não, mas sim, são.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
E no meio das palavras, FIM!
Cala a boca que Eu te amo.
Fim.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Os outros que aqui habitam.
Ela ria de si mesma, se achava e se perdia mil vezes ao dia, mil vezes sabia de tudo, era senhora de seus passos, senhora de si. E em segundos ... se perdia, nem sabia mais onde pisava, nem quem era, nem para onde ia. Mas mesmo assim ia, mesmo quando não sabia. Ontem, entendeu que não era UMA só, não adiantava tentar reduzir-se.
- São muitos os seres que me habitam!
Era isso ... uma pessoa, muitas formas de expressão, por isso, às vezes não se reconhecia. Mas, matar qualquer um deles seria impossível, seria como matar a si mesma. Chegou a escrever uma carta de despedida. Mas como poderia dela mesma se despedir?
Não, não era dela que se despedia, se despedia dos olhos dos outros, dos olhos dos que conheceram as outras.
- Será que deixamos de existir por não haver olhos que nos vejam?
... não, acho que não, pois não somos vistos apenas pelos olhos ... existem os outros sentidos... e são eles que nos salvam, me salvam, a salvam.
Amém!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
SOLITUDE
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
A arte de dizer algo ... não dizendo.
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o quê
Isso quer dizer...
Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer..."
Lenha - Zeca Baleiro
Carta
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Coração...
sábado, 1 de agosto de 2009
E no novo ... de novo, o amor!
O que faltava era o amor, o amor ... como energia ... que mobiliza, que traz ar fresco ... Mas como pode o amor arejar se ela deixou que a descrença fizesse morada? O amor que faltava não era aquele do cotidiano ... todo dia ela faz tudo sempre igual ... esse, ela tinha. Achou que fosse suficiente, até entender que vivia um tempo de enganos. - Meus Deus, como tenho me enganado ultimamente. Lembrou-se de Rubem Bragra "Ultimamente tem se passado muitas anos."
O tempo para ela sempre foi relativo, não se apegava a dias, meses, anos, sempre a vidas. Quantos vidas foram necessárias? Intuia que o tempo dos enganos findava-se. Dera lugar a um novo tempo, brisa fresca, que mobiliza. Era o tempo do amor ... como energia que move. Movia-se de encontro a ele, ao que fazia falta ...
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Novo tempo.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Reflexões pé n´areia
- Quando estamos no nível do mar nossas águas oscilam com a maré?
- O mar coleciona pegadas na areia?
- O sol brinca de esconde-esconde com as nuvens, e quando o sol não quer brincar as nuvens emburram e chove.
- O mar e o céu se encontram ou se perdem no horizonte?
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Mantra????
(Já faz um tempo que essa frase não sai da minha cabeça, fica às voltas, feito mosca, e sem mais nem menos me vejo repetindo essas palavras ... será um mantra? um ato falho? uma verdade?? - resolvi escrever para ver se ela sai de mim.)
domingo, 26 de julho de 2009
A ironia ...
"A gente só mente para dizer a maior verdade" li isso na Velha Casa e essa verdade ficou ecoando dentro de mim ... até explodir nessa grande mentira ou grande verdade, nem sei mais.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ciúmes
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Ilha
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Vou ali e já volto.
*Domingos de Oliveira disse que nem gosta de falar muito nisso, pois as pessoas podem pensar que ele perdeu juizo ... para ele o escritor só precisa ficar leve o suficiente para conseguir acessá-la, e é lá, na Terra dos Livros Prontos, que os livros moram.
http://www.youtube.com/watch?v=ZWye5Eqjfps e http://www.youtube.com/watch?v=v9x82yjwrQE
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Manifesto em Defesa do Mundo - Parte 2
Manifesto em Defesa do Mundo - Parte 1
domingo, 12 de julho de 2009
Final de Flip
(Uma contribuição de uma amiga que precisa entender que ...escrever é preciso!)
Final de FLIP, chovia e as pessoas se dispersavam, depois de dias e dias de saudável embriaguez literária. Estávamos, uma amiga e eu, na Tenda dos Autógrafos, ensaiando para também deixar aquele espaço de tanta poesia, tanta pulsação. A chuva, porém, nos fazia hesitar e por ali ficamos um tempinho, em frente a um espaço onde estava o grande jornalista Zuenir Ventura, autografando livros. Havia pouca gente no local, muitos já nem ligavam para o que estava acontecendo ao redor. Foi quando olhei para a fila de autógrafos e ali avistei a miúda Ministra Carmem Lúcia, do STF. É, estranhamente, uma Ministra da mais alta Corte brasileira postava-se em fila, como qualquer cidadão “mortal”. Fiquei olhando para aquela cena, pensativa, admirando o singelo gesto de civilidade e respeito ao cidadão, no país dos “acima da lei”, do nepotismo, da desfaçatez, da vergonha moral... Uma Ministra ousou ser igual a nós perante a lei e não se valeu de seu nobre cargo para dar um jeitinho e passar na frente dos outros. Ela estava ali, esperando, como todos os outros. Um exemplo tão pequeno, que passou desapercebido. Deixou-me, contudo, a sensação de que o Brasil não está de todo perdido...
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Embriagada de poesia
O Lobo Bom
Sua fala foi um passeio por suas memórias afetivas e literárias. "O Brasil não é um país, são cheiros, música, livros, poesia ... é a minha origem .. " enfim, o Brasil de seus avós brasileiros.
E continua, falando de literatura com paixão e exprimindo-se com imagens belíssimas.
"O livro é um organismo vivo ..."
"Um bom livro se faz sozinho. Só o que você tem que fazer é tornar sua mão feliz. Se a mão está feliz, o livro sai fácil.”
“Todo grande livro é uma profunda e constante reflexão sobre o ato de escrever."
"O Livro inteiro tem que ser uma enorme metáfora"
Citando um livro que gostou diz: "É uma prosa maravilhosa, como se a mão estivesse cheia de dedos mindinhos, então, todos os dedos dele são mindinhos quando escreve"
Ao final, foi aplaudido em pé, e quando o público já estava deixando o local ele voltou e disse:
"- Eu queria antes de ir embora agradecer pela maneira extraordinária, a generosidade, o carinho e a ternura com que me receberam aqui. Deus vos pague!"
...sem palavras ...
vale a pena assistir: http://www.youtube.com/watch?v=I1rLwKHE_74
quinta-feira, 9 de julho de 2009
As Pedras do Caminho
Ao meus companheiros de Flip
Percebi em determinado momento da noite que eu estava compartilhando a mesa com as duas únicas pessoas no mundo que me leram. E nesse breve espaço ... dois mundos em que eu existia de modo tão diverso, uniram-se em um só. Enfim, uma para todos!
mesmo que breve, mesmo que embaraçada ... uma!
Vim, Vi e Amei!
Enquanto eu estava em Paraty queria desesperadamente escrever, afinal lá as palavras pairam no ar, basta esticar os braços para alcançar poesia ... mas eu não tinha um computador ...
Cheguei transbordando palavras por todos os meus poros, louca para escrever ... corri para minha mesa e ela estava vazia .... meu computador estava sendo reformatado.
Meu computador voltou.
E as palavras já estão gritando dentro de mim e eu não tenho outra alternativa senão colocá-las para fora em uma sequência frenética de postagens.
terça-feira, 7 de julho de 2009
A Morte da Personagem
Era fato, ela existia, e estava ali postada na frente dele. Imersa em si mesma, imersa em seu corpo decarneeosso, com um coração que aquela altura batia descompassado.
- você existe ... ela aquiescia tomada subitamente por um tristeza doce e ácida, sabia que o fato dela existir e estar ali vestindo seu corpo significava a morte de alguém que ela amava, mas ele estava tão embevecido por ela existir que não viu ... nem ela. Foi só após alguns dias e um punhado de acidez desnecessária que ela percebeu a dimensão caótica de existir. Existir, enfim, não era o oposto da morte, como ela pensara, existir era um intervalo entre dois pontos, um milhão infinito de nuances, entre o preto e o branco.
http://claricenajanela.blogspot.com/2008/11/personagem.html
segunda-feira, 22 de junho de 2009
... com um toque de dalí...
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Para Viver um Grande Amor
"Era isso, ela sentia e por sentir desejava mais, desejava mais palavras, desejava mais amor. Queria afogar-se naquele amor que não era seu, que não era para ela, mas que dele foi vítima, vítima de algo que foi maior do que a história de amor deles, o amor sobreviveu alheio ao fim da relação. O amor venceu por não estar enclausurado nas pessoas, o amor sobreviveu pelas palavras. Ela descobriu sem querer a fórmula do amor que fica, do amor que dura, além das pessoas, além das conveniências, além das escolhas. Enfim, o grande amor."
http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/86815/
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Um eu, muitas porções.
Explico que não sou eu esse eu que aqui escreve? Não, não explico nada ... assim é mais divertido...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
estranho
Palavras estranhamente obliquas
Sentimentos estranhamente intensos
... largados
bem no meio
dos dias mornos e das palavras obliquas.
domingo, 24 de maio de 2009
Confissões soltas
Mas a verdade, a verdade mesmo, é que eu nem sei o que elas querem me dizer. E depois que eu ouvir não poderei mais ignora-las, palavras ditas são palavras ouvidas, ou não? Nem sempre.
A bem da verdade de novo, verdade muito das verdadeiras: tenho medo delas.
Esses dias eu li que dizer o que se sente é mais perigoso que sentir de fato, dizer é oficializar e sentir... ah! sentir pode, que isso fica lá dentro e lá de dentro quem sabe somos só nós mesmos.
Então faço assim, continuo olhando para frente, às vezes dou uma espiadinha com o canto do olho só para ver se elas ainda estão ali, deusmelivre deixa-las partir.
Quem sabe amanhã eu acorde corajosa e deixe elas chegarem e baixinho se revelarem em meus ouvidos. Quem sabe?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
É como beber estrelas ...olhando o mar.
e um observador mais próximo
pode ver estrelas no céu da sua boca.
- Olha, uma estrela cadente! Faz um pedido!
Ela fez:
Morar para sempre
no mar verde de seus olhos.
("É como beber estrelas". Foi desta forma que o monge beneditino Don Pérignon descreveu a sensação de degustar o primeiro vinho tipo espumante do mundo, criado no século 17)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
De volta para casa ...
Meu coração estava tranquilo, eu sabia como voltar.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Real e Absurda
domingo, 10 de maio de 2009
Reflexões
Nós não controlamos nada na nossa vida, só achamos que temos algum controle.
Ou somos responsáveis por tudo que acontece ou não temos responsabilidade nenhuma.
A vida é breve, por mais longa que pareça quando as coisas estão dando errado.
Só temos consciência da brevidade da vida quando nos deparamos com a morte.
A morte é certa, todos vamos morrer um dia, mas insistimos em viver como se fossemos eternos.
A dor ensina, mas para aprender o amor é sempre melhor.
Podemos aprender mais em dez dias do que em séculos, para isso basta abrir os olhos e o coração.
O coração sabe de tudo ..."só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"
No fim, tudo isso tem algum sentido, mesmo que seja aprendermos que precisamos viver apesar de ... mesmo se ... além de.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Mais do livro
Ainda estou com fome.
E eu nem sabia que este tipo de fome existia, uma fome que não se sacia. Antes de ter você achei que sentisse fome da sua presença, do seu corpo, do seu cheiro – tão apetitoso. Mas eu estava enganado, percebi logo que você saiu ... eu ainda estava com fome.
Quanto mais dessa fome posso suportar?
A.
(o bilhete foi encontrado por Clara dentro do livro Paris é Uma Festa)
terça-feira, 28 de abril de 2009
Algumas coisas ... também tem preço.
Não existe um caminho priceless.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Aos pequenos milagres.
Ela estava eufórica, queria compartilhar sua descoberta, e mais do que isso, queria dizer para si mesma em voz alta. Não é isso que a gente faz o tempo todo? Falamos ao outro para dizer a nós mesmos?
- Então me explica - replicou a amiga enquanto dava um gole no vinho tinto, rubi profundo, notas de frutas vermelhas, como dizia o rótulo chileno.
- Não é a pessoa em si, é o que a pessoa significa. É o que a pessoa faz com que a gente faça. É o que a pessoa desperta na gente.
- Não entendi ainda. Então a pessoa, qualquer pessoa, deixe de importar?
- A pessoa passa a importar muito mais, porque tinha que ser aquela - e ela força a palavra para se fazer entender - e não qualquer outra.
- O santo não importa, o que importa é o milagre.
Ela sorriu, a amiga disse tudo, resumiu brilhantemente toda a sua teoria. Taças na mão, rubi intenso dançando com notas profundas. Brindaram. Aos santos, por via das dúvidas.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Socorro, Sócrates!
Sócrates já sabia disso há mais de 2.000 anos.
Será que não mudamos nada desde então?
Continuamos sem saber ... um dia saberemos?
sábado, 18 de abril de 2009
Ela e o Vento que Vem do Mar.
E o silêncio era quase absoluto, ela podia ouvir seus próprios passos e o vento. Ela gostava do vento manso, da brisa e até do vendaval.
E o vento brincava com ela, eram amigos, caminhavam de mãos dadas.
Nas noites quentes de verão, eram amantes.
Ela esperava na varanda, deitada na rede, fingia que dormia, ele chegava de mansinho.
Uma carícia.
Ela respirava fundo inalando seu cheiro.
Maresia.
Dentro dela suas águas cresciam.
Mar manso.
Ele então passeava pelo seu corpo, bagunçava seu cabelo, erguia sua saia.
Ela ria.
Ventava mais forte, mais forte, mais ... até ele estar por ela, envolvendo todo seu corpo.
E ela ventava.
Sua respiração ofegante era vento. Dentro dela, ele respirava seu ar.
Na hora de ir, dizia adeus com um beijo, brisa mansa em seu rosto.
Ela respirava fundo, retendo um pouco dele em seus pulmões.
*Aracati é o vento que vem do mar no nordeste, dizem que chega todos os dias na mesma hora e que faz com que as pessoas levem as cadeiras para fora de casa e esperem por ele, como quem espera um visitante.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Eu sou.
Ela já não era a mesma, a trégua terminara. Por quanto tempo pode-se fazer dormir as feras? Por quanto tempo pode-se negar a vida? E o que era essa vida, afinal?
Foram as escolhas, os caminhos. E por um tempo deu certo. Ela não imaginou que os acordos expiariam.
E agora, atônita, sentia. Sentia tudo que se negou sentir. Quanto mais seu corpo suportaria? Estava exausta do esforço intenso, tentava renegociar os prazos, mas não tinha certeza. E a falta de certeza era sua maior fraqueza e paradoxalmente, o maior trunfo.
Ela equilibrava-se dentro de si mesma. E a luta, a trégua, as negociações, os pactos, a entrega, os vencedores e perdedores estavam todos ali, no espaço limitado e ao mesmo tempo infinito; do ser.
Ela dizia: - eu sou.
E era.
E é.
(para sempre)
terça-feira, 7 de abril de 2009
As portas e suas chaves.
Mesmo tendo as chaves em suas mãos ela achou melhor mantê-la fechada.
Depois de tanto tempo nada de bom poderia sair de lá.
Elementar, meu caro.
Um adendo
A sozinhez (esquece esta palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. "A porta do poço!". Só as criaturas humanas, nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados, conseguem abrir uma porta bem fechada e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Paulo Mendes Campos - do Livro o Amor Acaba - vale a pena ler.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
O Primeiro Bilhete
E o jogo começou.
Siga meus passos, deixe seus rastros.
Não havia como ser diferente, não há sentido para nós que não seja nas palavras de nos encontremos de fato.
Esse é meu primeiro passo, escolhi criteriosamente, não sem paixão, não apenas pelas palavras, mas, e principalmente, pelas sensações que elas imprimem em nossos sentidos, quase se vê a boca, quase se sente o hálito, e sim, ficamos sem fôlego.
Já espero pela sua escolha, seus passos...
A.
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Ela não sabia quantas vezes tinha lido aquele bilhete. Dezenas? Centenas? Como se a repetição fosse lhe trazer a revelação. Ela tentava beber as palavras, sorvendo uma a uma, aos goles, como quem degusta um bom vinho. Tentou também entornar todas num gole só, esperando que torpe pelo excesso pudesse entender. Ainda estava com sede, não havia entendimento e o mistério... ah! o mistério a deixava ligada.
(Clara encontrou o bilhete dentro de um livro na Biblioteca Pública, e com o tempo outros foram surgindo...)
quinta-feira, 26 de março de 2009
Coisas que começam pelo fim ...
- Não consigo falar sobre isso. Não assim.
- Por favor, é importante - ela quase implorou.
- Não - e foi definitivo - Boa noite.
...........off line .............
Ela ficou estática, olhando para o monitor.
Não foram as palavras, foram as não-palavras.
Finalmente ela entendeu.
A revelação estava no silêncio, nas pausas, nas entrelinhas.
O mais estranho é que o entendimento não era consciente, as sinapses aconteciam alheias a ela. Ela sabia que estava próximo, quase podia ouvir seu cérebro trabalhando; e deixou que ele trabalhasse em paz. Foi dormir, feliz.
Rindo.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Uma carta - fragmentos
Parece magia ... de repente me senti nua. E imediatamente soube que estava sendo lida por você; e enquanto seus olhos miravam minhas palavras era como se a mim olhassem, mas eu não estava vestida, era só meu corpo nu e minha alma deliciosamente exposta. E então, você passou a me ler em voz alta e era como se sua boca pudesse me tocar e eu senti seu hálito morno no meu corpo nu. E seu hálito era como pequenas asas tocando-me em leves caricias e todas essas sensações me transportaram para Sonho de uma noite de Verão.
E foi ai que eu percebi que não eram minhas palavras que você desvendava ao me ler, era a mim. E eu me senti ameaçada pela exposição extrema, e ao mesmo tempo o medo me excitava e me fazia querer ainda mais que você me desvendasse, até não haver mais mistério. Até que estivéssemos plenos de nós mesmos e fôssemos, não algo a se encontrar, mas como se já fôssemos o encontro. E a sensação de repente em meu corpo ficou quase insuportável, de boa e ruim ao mesmo tempo. Uma explosão de asas e toques sutis, meu corpo já não me pertencia e minha alma agradecia por isso. Enfim, adormeci e sonhei com uma linda noite de verão.
Com amor,
C.
(a carta faz parte do livro que finalmente estou escrevendo)
quarta-feira, 11 de março de 2009
Fazer ou não fazer sentido?
até que li: "Quem faz sentido é soldado"
E agora, o que que eu quero mesmo?
quinta-feira, 5 de março de 2009
Declaração - parte I
Elas sempre mexeram comigo de uma forma visceral, com o poder de remexer minhas entranhas, de fazer meu coração disparar e meu sangue ferver circulando a toda velocidade.Têm a capacidade única de mexer em porções minhas intocáveis, porções que nem eu mesma conhecia. Tocam meu corpo e minha alma como nenhum amante ousou. Conseguem driblar as máscaras, os muros, as desculpas, as escolhas que fiz e chegar realmente até mim.
É tão óbvio, tudo tão claro agora, a luz me invade, meus olhos lutam para se acostumar... mas há em mim algo prestes a acontecer ...
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Meu desejo de paz!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
SIM!
Mas ela não dizia, não gritava, quase não existia, só sorria, sorriso debochado, luxuria pura. Esse intenso e breve momento deixava em seu corpo uma marca, como se nela morasse uma brisa, leveza de carícia, sutil. Parecia pouco, mas era muito.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Inédito
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Além do entendimento...
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Será que há uma questão?
Ele primeiro achou graça da pergunta. Até sorriu ao terminar de ler, em seguida pensou em respostas espirituosas que pudessem mostrar como ele era inteligente e bem humorado. Todo mundo quer ser inteligente e bem humorado, alguns são, outros demonstram ser. Mas acabou achando que não tinha graça nenhuma, aliás que tipo de pergunta era aquela? Lógico que há uma questão. Sempre há. Ou não? Ele era o amigo imaginário dela, ela queria ter um amigo. Primeiro criou ela mesma, que é para ter alguém, antes de ter o amigo. E ele apareceu. Ela fez o teste: Por favor, Sir, desenha-me um carneiro? Ele disse que sim, quantos carneiros ela quisesse. Ela só quis um. E a partir desse dia eles se tornaram amigos. Mas voltando a questão ... e ele finalmente entendeu. Era um adeus. Ela sabia a hora de partir e a hora de deixar partir. Grandes amigos são assim. Talvez fosse essa a questão. Talvez, ele pensou.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Catarse
sábado, 24 de janeiro de 2009
Vestida de Ouro
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Inusitado.
Tinha uma linda biblioteca em casa, os livros estavam divididos em ordem alfabética, em outros casos pela nacionalidade do autor, outros pelo tema, mas existia uma prateleira especial, eram Os Intocáveis. Livros tão importantes na sua vida, palavras, personagens, histórias preciosas. Era uma ofensa pedir emprestado.
Fiquei sabendo que no seu testamento ela deixou a prateleira dos Intocáveis para sua neta, como fez a avó hippie. Ela ainda não tinha filhos, muito menos netos, mas sabia que um dia eles chegariam e seu tesouro já tinha destino certo.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Perdão.
Postou-se na frente do espelho, espelho de corpo inteiro, corpo presente. Olhou-se, intensamente, olhos nos olhos, e disse:
- Você me perdoa?
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Astro-rei
