Ela olhou pela janela. Os carros passavam como naquelas fotos em que se vê a luz e seus
contornos, mas não o carro em si. Como se os carros fossem
borrões de luz. Luz branca, luz vermelha. Indo. Vindo. E ela ali, parada, olhando, sem ver. E os pensamentos correndo, deixando também
borrões de luzes, multicoloridas. Ela não se fixava em nenhum pensamento, deixava-os flutuando, podiam ir e vir. Ela não queria ordená-los. A ordem era essa: não há ordem. E isso era inédito.
5 comentários:
ai ai
isso sempre foi a 'regra' pra mim
me perder entre luzes
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sem ordem
beijo
"Me organizando eu posso desorganizar" Chico Science & Nação Zumbi.
Ótimo!!
um abraço!!
Luisa, que delícia de regra, pra mim nunca é fácil. bjs
Poeta, desorganizar é a nova ordem! (risos). beijos
Com um estilo próprio você arrasta o leitor e o faz refletir. Parabéns!
Que delícia de estória... adorei! E vamos seguindo a pena da escritora esperando e desejando que a estória não acabe, não acabe, acabou.
W.Allen
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