terça-feira, 16 de julho de 2013

Eu queria saber fazer um cartaz...


Eu queria fazer um cartaz. Um cartaz falando de amor. Porque o amor merece. Porque o amor é amor.
Porque o amor não depende do outro para existir. O amor é, mesmo quando a gente não.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

I don´t think I´ll ever dry out.


As vezes é necessário voltar ao começo ... ao tempo da delicadeza.

domingo, 14 de julho de 2013

Como se responde uma pergunta retórica?

Um segundo. Bastou um descuido seu para que ela pudesse ver. Durou apenas um segundo. O olhar, um segundo de olhar,  mas ela viu. No meio de assuntos entrecortados, milhões de assuntos começados, milhões de assuntos inacabados. Uma palavra, lembrança, puxava outra, saudade, que trazia a memória, que contava de hoje, de ontem, da vida.

E no meio de tantas palavras, água, café, histórias, confissões, lágrimas, um olhar. Um olhar que durou apenas um segundo, e ela viu. Não que ela seja boa em ver olhares, ela não é boa em ver muitas coisas, nem olhares, mesmo quando basta ver. Ela não via.

Na mesa ao lado amigos brindavam com vinho tinto. Parecia uma boa ideia. Pena ela não ter ser lembrado, vinho não tem sido uma boa ideia. Pediu vinho, uma taça. Vinho diluído,
diluindo...palavras diluídas...

Ele dizia coisas sem sentidos, coisas sem sentido, mas que fazem sentido no jeito de dizer, só que não. E no meio de coisas sem sentido. Ela disse uma única frase. E foi apenas nesse exato momento, entre a frase ser dita e o olhar ser percebido, que as coisas fizeram sentido.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

De ponto em ponto, chego a outro ponto ...

Sinto saudades daquele olhar que me via como se eu fosse, mesmo quando eu não era. Sinto saudades do abraço que aceitava o que eu era, mesmo quando eu não. Sinto falta do beijo que alcançava as estrelas do céu da boca e me mostrava o caminho que eu não conhecia. Sinto saudades das palavras doces, sussurradas, não ditas, insinuadas, escritas no ar, no espelho, no papelão, no e-mail, nas cartas, bilhetes, torpedos, na pele, no corpo, na alma. Sinto saudades do amor que foi o amor mais bonito, mais completo, mais verdadeiro, mais de amor que eu já tive, vi, vivi, sobrevivi. 
Uma pena o amor não aguentar o desamor, a dor, a magoa, a falta do próprio amor...

"Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."


"Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
   Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
   Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa."

De ponto em ponto, chego a outro ponto ...