sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Aprendendo a dizer adeus...

- Adeus!

ainda estou aprendendo, mas já consigo repetir

-Adeus!

desapego, let it go ... it go.

eu?

eu fico!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fiquei na dúvida de como responde seu e-mail. Primeiro por não saber se posso reponder, posso? Depois por não saber se quero responder, quero? Depois por não saber que tom usar. Qual uso? Fiquei na dúvida se deveria ser ironica, acida ou doce. O que acha?
Não seja tão presunçoso... acho engraçado como você se identificam e toma para si o que é do outro, deve ser a uviversalidade dos sentimentos. A arte se inspira na vida, na minha, e na de qualquer outra que cruze ou não meu caminho. Vc não é fantasma, nem nunca foi, não se preocupe com isso. Não entendi nada do que escreveu e não se preocupe em explicar, a não ser que seja para vc mesmo. Não faça promessas que não pode ou não quer cumprir ...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Meu aniversário.

Hoje é meu aniversário. Gosto muito de aniversários, apesar de nem sempre querer comemorar com festa, bolo e pessoas, todo ano celebro a vida. Acho que tenho a obrigação de agradecer. Lógico que existem problemas, uns bem grandes, surpresas que a vida nos reserva, cirurgias de uns, problemas financeiros de outros, diferenças de muitos, amigos que partem, pessoas que vão... Mas os amigos que voltam, os novos amigos que surgem, as oportunidades e soluções, os bons resultados são motivos suficientes para celebrar a vida.
Aniversário pra mim é como um ano novo particular, hoje começa meu novo ano. Novas resoluções, ideias, sonhos, ideais renovados, esperança de poder fazer diferente, e principalmente, a chance de fazer melhor. Queria agradecer pelas palavras boas de novos amigos, de velhos amigos que ressurgiram e de grandes amigos que estão sempre por perto. Tenho 365 dias pela frente, isso é uma baita de uma responsabilidade e uma delícia sem tamanho.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Carta a um Jovem Amigo, a um velho amigo e a um amigo que parte.

Eu guardei você, nunca quis deixá-lo ir, não conseguia, queria retê-lo em mim, como se assim eu pudesse guardar os momentos bons, os sentimentos, as sensações que compartilhamos. Sou apegada, tenho muito dificuldade em dizer adeus. Não porque não posso viver sem você, isso eu posso e faço, diariamente, há algum tempo escolhi que assim era melhor. Não digo adeus por gostar de saber de você, gosto de saber que em algum lugar do mundo você está. E o simples fato de saber que eu algum lugar do mundo você vive, respira, ama, e é feliz, me deixa feliz. Faz com que o mundo seja um lugar melhor para mim também. Acho que por isso mantenho um laço, um fio, uma conexão. Resolvi que não quero mais isso, não quero mais olhar para trás, não quero mais ouvir músicas que me lembrem uma vida que eu escolhi não viver. Eu escolhi, escolhi todos os meus caminhos e você não estava lá. E por não saber dizer adeus eu esperei que você dizesse, mas você nunca disse, partiu algumas vezes, voltou inúmeras, sem nunca dizer adeus. Eu sei, você também não podia. Gostava também de saber que eu estava aqui, no mesmo mundo que você, mesmo sendo mundos tão diferentes, dimensões que habitamos. Cruzamos nossos caminhos algumas vezes, outras apenas nos tocamos de longe, algumas vezes valeu a pena, como naquele dia que você me consolou e me pegou no colo enquanto eu chorava. Talvez aquele momento justifique tudo, justifique o que escolhemos. Eu não quero mais fantasmas na minha vida, não quero mais alguém me assombrando. Não quero mais tentar entender, nem desvendar nossa conexão, nem entender porque nunca conseguimos dizer adeus. E por isso, sou eu que digo adeus. Digo por você que não consegue, por você que não sabe como fazê-lo e por você que quer partir e me fez uma promessa. Por todos vocês hoje eu digo adeus. Quero a leveza de não olhar para trás, de mirar para frente sem receio do que vou deixar de ver por não olhar para trás. Há muita vida pela frente, vida que não quero mais compratilhar com você, de forma alguma, nem por palavras, nem por espasmos de arremedo de comunicação. Não quero mais reter ninguém na minha vida, acredito na liberdade e no direito absoluto de ir, ir quando bem se entende, ir. Não foi tarde para dizer adeus, acho que nunca é. Adeus!

domingo, 18 de outubro de 2009

Enquanto isso ...

Há algo, aqui dentro, que parece ter vida própria, acorda nas horas mais improváveis e sussurra verdades inconvenientes. Esse algo, que aqui habita, precisa ter seus desejos sempre satisfeitos, caso contrário, permanecem em pauta. Não há descanso, não há ponto cego. Fica-se a mercê de seus devaneios, vontades, prazeres. Já tentei negociar, sem sucesso...

"O que será que será,
que dá dentro da gente
que não devia????"

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Na vanguarda.

Ela andava muito perceptiva, intuitiva. Os pensamentos pareciam borbulhar dentro dela. Ela sabia, mesmo sem saber como, sabia. E, por algum tempo, bastou. Ela estava ali, em pé, esperando, porque queria esperá-lo, gostava de saber que podia esperar o tempo que quisesse. Era dona do seu tempo, do seu desejo. Podia fazer o que bem entendesse e fazia. Ela não se importava com o tempo dos outros, queria fazer os caminhos se cruzarem, queria uma brecha no tempo-espaço dele, queria poder existir ao mesmo tempo que ele, mas sabia que por hora isso não era possível. Eles não poderiam coexistir, mas existiam. Mesmo sem poder existir. A própria existência dela era um desafio à existência dele. Mas o coração no peito que batia descompassado era prova mais do que suficiente de que existiam, duas almas. Ela e ele, ambos sabiam.
Ela aguardava que um dia ele entendesse o que tinha para oferecer. Era precioso demais para não ser valorizado, mas não é isso vanguarda?

Sou toda ouvidos.

Não sou dada a tristeza, não gosto de falar dela e muito menos escrever sobre ela. Quando estou triste fico em casa, não acho de bom tom exibir tristeza por ai. Mas, o fato, é que hoje percebi que estou triste. Não é uma tristeza doída e sufocante, é só uma tristeza triste. Há algum tempo ignoraria essa pontinha de tristeza, não deixaria ela se aproximar, sei que posso fazer isso. Dessa vez não quero. Esses dias me disseram que a tristeza pode ser uma excelente mestra, hoje escolhi aprender com ela. Pode vir que "sou toda ouvidos".

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

De novo

"Foi bom ter descoberto esse amor, estava faltando em mim meio ao mundo louco..."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nada?

Um amigo me perguntou o que eu quero com isso. Respondi que não quero nada. Ele não ficou satisfeito, refez a pergunta.
- O quê você quer dizer com tudo isso?
Olhei para ele, tentei olhar dentro dos seus olhos, demorei algum tempo para responder, não sei quanto tempo, o suficiente para ele piscar alguma vezes, impaciente, tempo também para que eu pudesse pensar em uma boa resposta . Em vão, só consegui repetir:
- Não quero nada.

Acho que ele se convenceu ... ou desistiu de mim,
não sei ainda.

sábado, 10 de outubro de 2009

Me leve, leve-me

Sim, é isso mesmo, por favor, não me deixe aqui sozinha. Sim, é sério o pedido que eu fiz. Sim, eu não quero ser levada a sério, mas quero ser levada. Estou pronta para seguir. Vamos!? Mas sei que mesmo sem você, mesmo sem alguém, mesmo em mistério, eu vou. O bom é que sempre volto, volto para contar, que sem contar não sei viver.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Não me leve a sério.

- Não! Já disse, mil vezes, por favor, não me leve a sério. Não é bom para mim. Parece que você não entende. Já pedi, me leve, mas não a sério. O que ganhamos com isso? Nada, mil vezes, já disse, nada. Nada do que digo, nada do que faço, nem atos, nem palavras. Aprendi bem cedo, aprendi que não se deve ser levada a sério. Finjo que digo o que quero, para em seguida, dizer que não disse o que você jura ter ouvido de mim. Gosto de flertar fazendo de conta que jamais faria isso. E, sobretudo, divirto-me fazendo. Gosto especialmente quando você tenta me desvendar. Devo alertá-lo: jamais alguém poderá fazê-lo, mesmo que eu diga, por compaixão, que sim, que alguém já fez. É mentira. Mas é verdade, quando eu digo que minto, às vezes, minto, mas é sem intenção. E, algumas vezes, uso a mentira para dizer a verdade mais louca, absurda. Um segredo: ali, nas entrelinhas, sempre há verdade, verdades despidas, mas se você disser que leu, terei que negar, por pudor, por costume ... Sempre.
Por isso, só me leve, por favor, me leve.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O que quero com isso?

Andei desconcetada, andei pelos cantos. Quem sou? Perguntei para várias pessoas. Ninguém respondeu. Quem sou? Peguntei para mim mesma, e não ouvi a resposta. Fiquei passeando por palavras antigas, naveguei por mares estranhos, andei por ilhas, visitei continentes, subi montanhas. Cheguei ao cume, palavras boas me esperavam por lá. Mas, como em toda jornada, perdi algumas, não pude mantê-las aqui. Selecionei as que contam uma estória, a história que eu também gostaria de contar, cada post é um capítulo, uma pista, uma revelação. Devo adverti-lo que para desvendá-la é preciso ler não com os olhos. O que quero com isso? Não sei. Talvez alguém me diga, talvez não. Não quero mais respostas prontas, nem meias respostas. Sei que esse caminho que comecei a trilhar não tem volta, e agora me pego parada, estática, no meio da ponte, sem saber se volto ou se dou o próximo passo. Vou? Volto? Digo que não sei para onde ir? Explico que perdi o rumo? Não, não vou dizer mais nada ...

Crise

Vivo uma crise, de identidade, de finalidade, de idade, de decisões, de expectativas, de fim de ano, de perspectivas. E num súbito ataque resolvi que escreveria um post de despedida. Pensei até no absurdo de partir sem um bilhete, mas seria incapaz. Respirei fundo e deixei esse ataque passar. Mas não tive ilusão de que a crise estava resolvida. Percebi que um novo ataque se preparava dentro de mim. Resultado: deletei 250 posts. Deixei só os que contavam a minha história, queria me despedir com a verdade. Mas, quanto mais eu preparava minha despedida, mas eu sentia que não poderia fazê-lo, não consigo ir, não consigo não olhar para trás. Mas sei que esse caminho que comecei a trilhar não tem volta, e agora me pego parada, estática, no meio da ponte, sem saber se volto ou se dou o próximo passo. Fiquei esperando que uma luz surgisse e que as mudanças pudessem acontecer como em uma passe de mágica.

sábado, 3 de outubro de 2009

O Sentido.

Não fazer-sentido deixou de fazer sentido para mim. Preciso do sentido para continuar aqui, preciso acreditar que pessoas fazem sentido, que sentimentos fazem sentido, que acordar faz sentido. E, de repente, me vi acreditando. Acredito no sentido.

"O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo. Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e eventos. O sentido dos gestos. O sentidos dos produtos. O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido. Este anseio/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido. Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação. Só buscar o sentido faz, realmente, sentido. Tirando isso, não tem sentido”."
Paulo Leminski

Hoje li sobre Ocupação Paulo Leminski no Itaú Cultural em SP, e lá estava a resposta, eu que já gostava do Leminski, gostei mais ainda.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

No começo da primavera.

Ela finalmente assumiu, para ela e para o mundo, havia se apaixonado. Não era uma paixão comum, banal. Não que não gostasse dessas paixões, ditas banais, eram boas, como sol de meio-dia. Mas, o fato, é que sua paixão não foi desse tipo. Foi de outro. Suave, como nascer do sol.
Havia escuridão dentro dela, percebe agora, mas a despeito de acharem que isso era ruim, vai logo esclarecendo: era uma escuridão estrelada. E tinha lá seus encantos. Assim como o sol. Lados opostos do mesmo todo.
Voltando a paixão da aurora, era assim que ela se sentia, abrindo os olhos, despertando devagar, nada era brusco com esse tipo de luz. Nem as cores, nem a intensidade. Paixão suave, quando se percebe, já se está.
Era assim que ela estava, no começo da primavera ...