terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Só pra saber....

E quando a vida fica tão surreal, que nem parece mais vida?

sábado, 30 de novembro de 2013

Estamos de mudança.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Que tipo de pessoa?

Sempre achei estranho aquele lance de devolver presente quando o relacionamento acaba.
Presente nunca deve ser devolvido.
Nenhum tipo de presente que foi dado durante a relação.
Nao se devolve o jeito de beijar, não se devolve o abraço no bosque,  não se devolve a sensação de lar. Apelidos? Nunca, jamais são devolvidos. E palavras? Palavras de amor? Impensável!
Que tipo de pessoa faria isso?
Agora o dito, está, pra sempre, desdito.
E a palavra usada e dedicada, pra sempre, perdida.


sábado, 5 de outubro de 2013

O normal, o anormal, o diferente e o igual.

Sei que não há nada, nenhum caminho, nenhuma escolha, nem ao menos um passo, que seja priceless. Ser diferente tem um preço, mas a cada dia que passa me pergunto mais: diferente do quê? O mundo, de repente tão cheio de lugares comuns, cada vez mais comuns, me parece, subitamente, um lugar sem nenhum lugar comum. Enfim ... diferente do quê?  Diferente e ponto. Respondo assim, apenas e unicamente, por falta de argumento - sucinto - melhor:
Mas, paradoxalmente, me acho tão normal, de uma normalidade tão banal, que ser acusada de não ser normal chega a beirar o elogio.
Agora me diz: dá para entender um ser assim?

domingo, 11 de agosto de 2013

Eu acredito em palavras.

Eu sei que tenho coisas a dizer, tanta coisa não dita que deveria ter sido. Há dias estou mastigando palavras, esmiuçando seus significados, ruminando sentimentos que poderiam se transformar em palavras para fazer um pouco mais de sentido. Mas tem sempre algo que me escapa. A palavra que não cabe na minha boca pequena, o sentido que não encaixa com o que foi dito. O que foi dito que não se mistura com o que foi vivido. A frase para sempre sem ponto final.
Eu acredito em palavras. Acredito em todo tipo de palavra. Confundo poesia com verdade. Acredito no sentimento feito de palavra pela poesia. "Sempre vou te amar", acredito nisso. Acredito no amor que é maior, porque a palavra disse assim. "Gosto de tudo em você, até do que você não gosta". Acredito no jogo das palavras, acredito até nas entrelinhas do que não foi dito, mas que ali está para quem quiser ver. Palavra para mim é coisa séria. Por isso a cada dia que passa tenho mais medo dela. Ou de mim. Ou de quem diz poesia como se fosse verdade, porque .... veja bem, eu acredito em palavras.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Eu queria saber fazer um cartaz...


Eu queria fazer um cartaz. Um cartaz falando de amor. Porque o amor merece. Porque o amor é amor.
Porque o amor não depende do outro para existir. O amor é, mesmo quando a gente não.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

I don´t think I´ll ever dry out.


As vezes é necessário voltar ao começo ... ao tempo da delicadeza.

domingo, 14 de julho de 2013

Como se responde uma pergunta retórica?

Um segundo. Bastou um descuido seu para que ela pudesse ver. Durou apenas um segundo. O olhar, um segundo de olhar,  mas ela viu. No meio de assuntos entrecortados, milhões de assuntos começados, milhões de assuntos inacabados. Uma palavra, lembrança, puxava outra, saudade, que trazia a memória, que contava de hoje, de ontem, da vida.

E no meio de tantas palavras, água, café, histórias, confissões, lágrimas, um olhar. Um olhar que durou apenas um segundo, e ela viu. Não que ela seja boa em ver olhares, ela não é boa em ver muitas coisas, nem olhares, mesmo quando basta ver. Ela não via.

Na mesa ao lado amigos brindavam com vinho tinto. Parecia uma boa ideia. Pena ela não ter ser lembrado, vinho não tem sido uma boa ideia. Pediu vinho, uma taça. Vinho diluído,
diluindo...palavras diluídas...

Ele dizia coisas sem sentidos, coisas sem sentido, mas que fazem sentido no jeito de dizer, só que não. E no meio de coisas sem sentido. Ela disse uma única frase. E foi apenas nesse exato momento, entre a frase ser dita e o olhar ser percebido, que as coisas fizeram sentido.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

De ponto em ponto, chego a outro ponto ...

Sinto saudades daquele olhar que me via como se eu fosse, mesmo quando eu não era. Sinto saudades do abraço que aceitava o que eu era, mesmo quando eu não. Sinto falta do beijo que alcançava as estrelas do céu da boca e me mostrava o caminho que eu não conhecia. Sinto saudades das palavras doces, sussurradas, não ditas, insinuadas, escritas no ar, no espelho, no papelão, no e-mail, nas cartas, bilhetes, torpedos, na pele, no corpo, na alma. Sinto saudades do amor que foi o amor mais bonito, mais completo, mais verdadeiro, mais de amor que eu já tive, vi, vivi, sobrevivi. 
Uma pena o amor não aguentar o desamor, a dor, a magoa, a falta do próprio amor...

"Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."


"Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
   Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
   Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa."

De ponto em ponto, chego a outro ponto ...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Voltando para casa...

Estive em outros lugares. Endereços, espaços, estado. Adoro a amplitude da palavra estado. Estado pode ser tanto. Estado liquido, palavras molhadas, estado sólido, palavras pedras, estado de espirito, triste.

Escrevi outras palavras, palavras que pareciam minhas e não eram. E olha a ironia, onde não eram as minhas palavras, na verdade, eram as mais verdadeiras. Exatamente aqui, onde eu não era, ou achava que não, era real e verdadeiro.

domingo, 14 de abril de 2013

Só as coisas que fazem falta.

As vezes perco o rumo. Os passos deixam de me levar aonde deveriam. O caminho conhecido passa a ser desconhecido. Tudo fica suspenso. E nesses momentos, eu recorro ao espaço onde tudo começou, talvez seja uma tentativa de fazer o tempo voltar. De poder começar de novo. Não, não faria tudo da mesma forma. Mudaria algumas coisas. Só as coisas que fazem falta.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ah! Pessoa.

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” – Fernando Pessoa

 No tempo da travessia é necessário coragem, a coragem do desapego. A coragem de deixar ir ao mesmo tempo que se vai. Além das roupas, é preciso abandonar velhos hábitos, o perfume conhecido, os livros lidos, as palavras ditas (mesmo que não ouvidas). É tempo de medo, medo do escuro, de não saber, não conseguir, não querer. Mas também e principalmente,  é tempo de confiar que tudo passa, inclusive o tempo da travessia. É tempo de esperar a chegada. E esperando, partir.

Clarice partiu.