quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UP ... and down

Você percebe que as coisas não vão muito bem, quando resolve levar o filho ao cinema e chora durante o desenho (mais de uma vez).
Acaba o filme, o filho olha para mãe muito sério e pergunta:
- Mãe, você gostou do filme?
- Adorei.
- Mas, porque você chorou?
- Veja bem, meu filho!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Saudades

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença" Clarice Lispector

Percebo que estou com saudades de certas pessoas, sentimentos, lugares, sensações.
Ando com fome ... muita fome.

domingo, 27 de setembro de 2009

Saudades

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença" Clarice Lispector



Saudades de certas pessoas, sentimentos, lugares, sensações. Ando com fome ... muita fome.

Falar ou não Falar eis a questão.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mas era Primavera ...

Carlinhos Lyra e Vinícius de Moraes estavam escrevendo uma peça de teatro, tudo ia muito bem, as músicas bonitas, o enredo bacana. Até que Vinícius resolve que a pobre menina rica iria se apaixonar pelo mendigo poeta da comunidade ao lado.
- Poetinha, você não acha que fica meio forçado? A menina bacana vai se apaixonar logo pelo nosso pobre coitado?
Vinícius olhou sério para seu parceirinho e diz:
- Mas, Carlinhos, era Primavera!!
- Ah! Então está tudo certo.


Carlinhos Lyra contou essa história em um show, eu estava lá e fiquei encantada. Acho que é a síntese da Primavera.

http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/86554/

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A primavera chegando.

Combinei de encontrar uma amiga ontem, mais ou menos no mesmo horário da chegada da Primavera. Escolhemos o lugar, um café charmoso, próximo a um bosque, assim poderíamos "ver" o exato momento da primavera chegando. A mesa ficava de frente para um gramado de onde se via as grandes árvores do bosque. Conversa vai, conversa vem, olhamos juntas para fora: e eis que vem um moço (era uma graça de moço). Parecia atrasado, olhava o relógio, passos apressados. Entra no café, procura com os olhos alguém que não encontra, tira o casaco, encosta o guarda-chuva na parede. Respira aliviado e coloca alguma coisa na mesa. Estávamos, as duas, olhando para o moço. Ele era o tipo que merecia ser olhado. Estiquei o pescoço para ver melhor o que estava na mesa. Era um florzinha amarela!! Uma flor do campo que ele pegou pelo caminho. Lógico que fizemos um: - ahhhhhhh! que fofo! E voltamos para nosso papo. Hoje, percebi que era ele. Era ele que esperávamos. A primavera chegando ... no moço com a flor amarela.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Social na Bienal

Inspirado no post da Alma, Social na Bienal (editado)
1. Não seguir uma pessoa só porque a pessoa falou: - sigam-me. 2. Não fazer cara de bobinha, mesmo sendo uma bobinha verdadeira 3. Que igrejas podem ser feitas de granizo e mármore 4. Que a "trepada" do Raj é objeto de desejo da mulherada. 5. Que o Arthur é maravilhoso e a Trinity é uma fofa. 6. Que não se usa flash nesse tipo de lugar, com esse tipo de luz. 7. Que bluetooth funciona no Galeão e na Bienal. 8. Que celular não funciona quando deve (quando foi isso mesmo?). 9. Que eu sempre posso escolher a alternativa menos madura. 10. Que a gente ainda chora de rir juntas. 11. Que bala de tamarindo é a bala dos cariocas. 12. Que a Jabaquara fica em algums lugar. 13. Que a vaca de salto alto é bem fotogência. 14. Que você é uma excelente companhia!!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Bienal do Livro


Eu fui. E fiquei encantada com o que vi. Toda vez que entro em uma livraria sou invadida por um desespero, uma sensação de impotência: há tanto para ler e, tão pouco tempo. Sempre acho que não vou conseguir ler tudo o que tenho para ler. Se isso acontece quando eu entro em uma livraria, imagine meu "desespero" ao percorrer os corredores da Bienal do Rio... Mas, valeu! Dá para se perder em meio aos livros e perder-se em meio as palavras é bom demais.

A programação do Café Literário e do Livro em Cena, com temas e escritores muito interessantes, deu um empurrãozinho a mais no meu "desespero". Mais livros na minha lista, já gigantesca, de livros para ler.

Depois de visitar a Bienal do Rio, de ver o público prestigiando o evento (mais de 640 mil pessoas) não posso acreditar no que dizem por ai: que brasileiro não gosta de ler (tudo bem, eu conheço as estatísticas, mas prefiro pensar que está mudando...) Vi crianças, adolescentes, jovens, adultos, senhores, senhoras, enfim, todas as idades passeando por lá. Isso só pode ser um bom sinal.

A ida para a Bienal rendeu boas gargalhadas, confira aqui outras impressões: http://acalmando.blogspot.com/2009/09/rio-de-janeiro.html

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Craque da Rodada

------------abre parênteses nesse blog -----------------
Campeonato Brasileiro, quarta-feira à noite. No Alto da Glória rolava o tal do Green Hell, barulho, luzes, fogos. Corinthians e Coritiba em campo. E, uma mãe quero-quero protegendo seu filhote contra tudo e todos. Ela não se importava com as 22 enormes pernas, coxas brancas, pretas, mulatas e caboclas, ela só se importava com seu filhote. Contra um mundo ameaçador de eventos que ela sequer entendia, e mesmo assim, estava lá, protegendo o pequeno quero-quero.
Se eu fosse escolher a imagem da rodada (eu, de cronista esportivo?!) ou o bola cheia da semana escolheria a mãe quero-quero. Mas sei que a campanha desastrosa do Fluminense rumo a Segundona, a volta do Ronaldo aos campos, o sofrível 1 X 0 do Furacão na Arena e os 2 x 0 do Vitória impedindo que o Inter dormisse líder, são notícias que interessam muito mais aos torcedores do que a mãe quero-quero e seu filhote.
Gosto de imaginar a cena, jogo encerrado, torcida deixando o estádio, luzes se apagando, o gramado vazio, silêncio, a mãe quero-quero falando para o filhote: viu, filho? Enfim a sós, enfim em paz.
------------- fecha parênteses ----------------

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Filosofia de Taxi

Vou falar uma coisa, disse com ar bem sério: - São Paulo tem as melhores coisas e as piores também. Acho que essa máxima vale para o Mundo também. O Mundo é esse lugar, onde há as melhores coisas e as piores também. Mas que vale a pena. Como vale!

Ponto de Encontro

Sistema de som.
- Favor encaminhar as pessoas perdidas para o Ponto de Encontro.
Tive que ir dar uma olhada nesse tal lugar de pessoas perdidas, afinal, devia ser um lugar interessante, porque não há nada mais chato do que gente achada.

Sinto-me intensa, como se uma onde de proporções gigantescas se formasse dentro de mim. Sinto a pressão das águas, sinto o mar de avolumando, tomando forma. Esses movimentos inernos me deixam inquieta, não há silêncio, não há espaço. Estou perdida, perdi o eixo, não me encaixo. Tento equilibrar tantas coisas, tantos sentires, tantas dores, sem senti-las, apenas sendo uma morada,

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um delírio.

Com que direito você derrama palavras no meu ouvido? E coloca palavras doces na minha boca, enquanto, com sua língua, tira as minhas palavras da sua? Está certo que quero o gosto das suas palavras no meu corpo, deixadas, como por acaso, no meu colo. Palavras que eu pedi e você não deu, e quando eu não quis mais, você as trouxe e derramou em mim, sem respeitar meus limites, meus espaços, meus delírios. Suas palavras me fizerem delirar ainda mais e desejar mais, mesmo sabendo que não poderia suportar. Com que direito essas palavras passeiam pelo meu corpo, penetram no meu sangue e brincam com minha alma? Foi você que disse que elas podiam, foi você que deu a elas o direito de passear pelo meu corpo, minha alma, minha lucidez. Já não tenho nem palavras, nem lucidez, ou as tenho em demasia. Por isso derramo minhas palavras nos seus olhos, para que você finalmente possa ver o que eu não digo. Palavras que possam alcançá-lo onde eu não consegui, por caminhos que não são meus e nem a mim foram revelados. Não quero mais suas palavras, não quero mais minhas palavras. Cansei de um cansaço que parece não ter cura, não ter tamanho, por ser imenso. Cansei de me fazer em letras, em frases bem construídas, cansei da vírgula, quero o ponto final. Não quero mais figuras de linguagem, quero a linguagem simples e crua. É isso o que desejo, hoje, enquanto ainda não descansei.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Só sei que nada sei", de novo!

Ela queria respostas. Mas ao ser questionada sobre quais eram as perguntas, constatou perplexa: já não sabia. Já não importava. Há tempo de perguntas, há tempo de respostas ...mas o tempo, o tempo passa ...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um Alento

Pra mim, alento é carinho na alma. Fui dormir pedindo um alento, precisava desesperadamente de um pequeno animo que me aliviasse aquele sentir

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Travessias

Gosto de travessias, adoro pontes. Gosto da simbologia que atravessar possui. Fiz uma travessia pelo mar hoje. Chovia muito, do barco não víamos nada, a água batia no meu rosto, e eu só conseguia rir. Cheguei molhada, descabelada, gelada e feliz. Nada melhor do que banho de chuva no mar!

sábado, 5 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais uma carta.

Querido,
Saudades de você, saudades de escrever para você.
Sou diferente, tenho por essência licença poética, e não tenho receio de fazer uso da poesia em meio ao caos urbano. Poderia ser eu a que enfeita seus viadutos, poderia escrever neles minhas palavras. Escreveria embaixo IMPORTANTE PRA C***! Sobre o amor, sabe? Ficaria bonito de ver o amor assim: O Amor é Importante, porra. IMPORTANTE PRA C***! E com isso selaria a sentença de forma absoluta. E, ficaria imaginando você passar por ali, enquanto corre em direção às suas escolhas. Por um segundo, você me leria e, ao me ler estaria me vendo, porque sou eu ali estampada e não minhas palavras. Possui-las é como me possuir e ler-me é uma forma de me ter. Mas isso, meu amigo, é segredo que conto apenas para você. Não, não conte a ela que eu lhe disse. Ela não é o tipo que cora, mas também não é o tipo que se expõe.
Tenho lido suas palavras, aquelas que não são direcionadas a mim, mas devo confessar que leio como se fossem, saboreando você também nas suas palavras. É isso, sinto seu gosto ...
C.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ela gostava de falar, falava demais, mesmo não falando o essencial. Ele falava demais, sempre tinha uma colocação brilhante em defesa de seu ponto de vista, mesmo negando que o fizesse. e possuía uma habilidade especial para fugir das perguntas que pudessem desvendá-lo ou que pudesse desvendar a eles, um para o outro. A despeito de tanto falarem ainda eram um mistério. .............................................................................

No meio de tantas falas e bocas, ele chegou. Bateu à porta, ela não o esperava, mas ficou muito feliz em vê-lo. Abraçaram-se. Ela fechou os olhos, entregue ao abraço que dizia o que eles nunca conseguiram dizer. Seu coração batia enlouquecido, insano, entendia mais que eles.
Quando nada de meu tenho, busco alucinadamente em outros recantos o que possa confortar-me
Sou muitas, como já disse um milhão de vezes aqui, aliás, acho que me repito tanto na esperança de um dia eu mesma me ouvir. E faz parte dessas muitas que eu sou, a mulher, parece tão óbvio, lógico que existe a mulher, deveria ser a primeira a existir. Sexo: feminino. Mas, veja bem, nem sempre é o que acontece. Sou filha, sou mãe, sou esposa, sou amiga, sou profissional, e, a mulherzinha, jaz, muitas vezes, ali esquecida.