quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais uma carta.

Querido,
Saudades de você, saudades de escrever para você.
Sou diferente, tenho por essência licença poética, e não tenho receio de fazer uso da poesia em meio ao caos urbano. Poderia ser eu a que enfeita seus viadutos, poderia escrever neles minhas palavras. Escreveria embaixo IMPORTANTE PRA C***! Sobre o amor, sabe? Ficaria bonito de ver o amor assim: O Amor é Importante, porra. IMPORTANTE PRA C***! E com isso selaria a sentença de forma absoluta. E, ficaria imaginando você passar por ali, enquanto corre em direção às suas escolhas. Por um segundo, você me leria e, ao me ler estaria me vendo, porque sou eu ali estampada e não minhas palavras. Possui-las é como me possuir e ler-me é uma forma de me ter. Mas isso, meu amigo, é segredo que conto apenas para você. Não, não conte a ela que eu lhe disse. Ela não é o tipo que cora, mas também não é o tipo que se expõe.
Tenho lido suas palavras, aquelas que não são direcionadas a mim, mas devo confessar que leio como se fossem, saboreando você também nas suas palavras. É isso, sinto seu gosto ...
C.

3 comentários:

NiNah disse...

Que lindo amei!
Bjo

Noh Gomes disse...

To aqui a pensar, em quantas vezes leio textos que não são para mim e que devoro cada palavra com fome de alma, como as suas hoje.
Ela pode não corar, mas eu coro.

Bjos

Clarice disse...

NiNah, que bom que tem aparecido por aqui, orbigada.

Noh, dou as palavras para você então, devore-as, por favor, jamais deixarei alguém pasar fome na minha janela. Gosto tanto dos seus comentários, obrigada. beijos para vc.