terça-feira, 30 de março de 2010

Uma vez você me disse que nossos corpos expressavam o que nossas almas queria dizer. Eu entendi que só mesmo nossos corpos poderiam traduzir tão literalmente o que nossas almas queriam dizer.

sábado, 27 de março de 2010

Boa notícia!

Consulta anual só para garantir que tudo continua bem.
Final da consulta, meu médico preferido diz:
- Você está ótima, meu bem!

(tive que dar um beijo no doutor!)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Será que escrevendo passa?

Ela precisava fazer alguma coisa, qualquer ação ... isso estava tomando tanto espaço dentro dela que alguma coisa precisava ser feita. Era um movimento crescente e vinha em ondas. Ondas cada vez maiores, ondas cada vez mais frequentes. Ela mal podia respirar entre uma e outra, estava se acostumando a viver sem ar. Isso é possível? Não, ela sabia que não era. Ela aprendeu a respirar seu ar, retendo nela, ele. Mas isso também já não bastava.
E o amor?
Isso tem que bastar, ela repetia para si e para os outros.
Como chegamos aqui? O que nos trouxe?
Ela ria ao olhar pra trás, sabia a resposta.
Eles se olharam, e todo o sentimento transbordou. Era maior que eles, que seus copos

terça-feira, 23 de março de 2010

Pergunta Importante

Quando o amor não basta, o que bastará?

Uma lista de vontades doidas ... com participação especial.

Um amigo ao ler a minha lista de vontades aqui, disse que havia se inspirado. Eu incentivei, escreva que eu posto. Ele escreveu.

1. Tocar violão até me acabar (com os dedos);
2. Ouvir Chico e Tom (a noite inteira);
3. Caminhar por uma trilha (muito linda);
4. Dirigir sem rumo (pra bem longe);
5. Ler um ótimo livro (muito grosso) sem parar;
6. Desligar o celular (por 1 mês);
7. Escrever o que vem na cabeça (até o que não presta);
8. Visitar todo mundo (que me importa);
9. Compor uma canção (de amor);
10. Cantar pra todo mundo ouvir (gritando e sem medo);

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mesmo assim, mesmo querendo, mesmo precisando ...

Ela sempre tinha o que dizer, sempre. E quando não tinha, inventava. Adorava inventar histórias e defender pontos de vista que não eram os seus, só pelo prazer de defender alguma coisa. Mas lá dentro, onde ninguém via, onde ela não deixava ninguém se aproximar, havia silêncio. O seu próprio silêncio era sagrado. Só ela mesma sabia o que se passava por dentro. Não que ela não quisesse mostrar, simplesmente não conseguia. Foram anos e anos, vidas e vidas fazendo assim, agora não sabia como fazer diferente, mesmo querendo, mesmo precisando. Mesmo.

domingo, 21 de março de 2010

Veja bem, amor

Há tanto para sentir.
Há tanto para dizer.
Como é que pode não caber em si o que se sente?
Como sentir mais do que se tem espaço para guardar?
Veja bem, amor.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Uma lista de vontades doidas, absurdas, que não passam, que aumentam ...

1. Vontade doida de ir gritar lá fora
2. de tomar chuva
3. de brincar de faz de conta
4. de contar estrelas
5. de beijar na boca
6. de ganhar um abraço
7. de passear de mãos dadas
8. de me mudar para Pasárgada
9. de dizer bom dia, boa tarde, boa noite, amor.
10. de sumir, virar pó e ressurgir das cinzas
11. de correr na praia
12. de tomar sol
13. de não olhar para o relógio
14. de esquecer o tempo
15. de ir ali e não voltar mais.

terça-feira, 16 de março de 2010

PERGUNTA

Entende a dimensão caótica que tudo isso tomou dentro de mim?

sábado, 13 de março de 2010

O foco

Tive um chefe que ficava o tempo todo repetindo que não podemos perder o foco. Era de perder a paciência, além do foco. Quando a sugestão era uma pouco mais ousada ele dizia: Vamos focar!
Lógico que com o tempo a expressão virou motivo de risos. Muito tempo passou, alguns chefes, muitas situações sem foco. Até que esses dias me peguei discursando sobre manter o foco. Logo eu! Nada como um dia depois do outro, nada como a falta de foco para colocar as coisas nas perspectivas certas. Continuo rindo da falta de foco!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ela ganhou um presente, era um presente tão especial que por semanas sorriu à toa, bem não tão à toa já que havia motivo para sorrir. Ela ganhou de presente um amor, que surgiu assim meio sem querer e cresceu dentro dela. Era um amor tão bom, tranquilo, fácil, que ela foi deixando ele ficar, e o amor ali, crescendo dentro dela, o terreno era fértil, as mãos hábeis, sabiam lidar com a semente, regar, cuidar, esperar. Nada foi brusco, porque havia delicadeza, gentileza e, sobretudo,

quinta-feira, 11 de março de 2010

Era muito, era tudo e era pouco ou quase nada, mas ela sabia.

Ela sabia que a sensatez era necessária, já havia falado sobre isso tantas vezes. Mas mesmo sabendo, não queria. E nesse momento o seu querer era o que ela tinha de mais genuíno, de mais verdadeiro, de mais fiel ao que ela era. Não era um simples querer, era maior que isso, mas mesmo assim, parecia tão pouco, visto da janela. Era muito, era tudo e era pouco ou quase nada, porque ela se sentia querendo sozinha. E mesmo na constatação de que queria sozinha ela ainda queria e não parecia pouco, porque não era.
Nos últimos meses, fez tantas perguntas: O que é isso que há? Como é que pode isso que há? Pode? Hoje amanheceu sem perguntas, já sabia as respostas. Mas estava sozinha, falava para si mesma, falava para não esquecer, para ficar registrado, mesmo que nunca fosse dito em voz alta. Ela sabia.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O gosto, o mau gosto, a falta de gosto e um lugar para dar um grito.

Ontem eu estava em uma livraria. Livraria é um lugar quase sagrado para mim, gosto de me perder pelos corredores, fico folheando os livros, abrindo ao acaso suas páginas, perguntando o que eles tem para me dizer, falo bem baixinho com alguns, brinco com outros. Pra mim existe uma aura mágica nos lugares onde os livros moram, o mundo fica menos denso quando estou no meio das palavras.
Ontem eu estava curtindo a leveza (tão necessária a minha sanidade), quando ouço uma pessoa dizer: Eu não gosto do Garcia Marques, acho os livros dele muito chatos - ela estava segurando O Amor nos Tempos do Cólera.
Respirei fundo, contei até dez. Eu sei que as pessoas tem gostos diferentes, eu sei que leitura é algo muito pessoal... Mas, Meu Deus!! Como assim não gosta do Gabriel???????
Sai da livraria. Zanzei pelo shopping e acabei entrando em outra livraria, os livros sempre me chamam.
Estava eu de novo, bem tranquila, feliz até, no meio dos livros, quando ouço vó e neta conversando: - Vó, A Menina que Roubava Livros é bom? - Não, é horrível, eu tenho e não consegui ler. Dessa vez foi ainda mais difícil me segurar, eu quase disse: É maravilhoso, um livro lindo.
Fiquei com as palavras na ponta da língua, mas achei melhor engolir...
Eu sei ... sei que não devo me meter no papo dos outros, sei que livro é uma experiência pessoal, eu sei ... mas putaquepariu ... sai da livraria correndo procurando um lugar que eu pudesse dar um grito.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Para não esquecer.

"Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas". Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.

( Paulo Mendes Campos, Para Maria da Graça, in Para gostar de ler, crônicas, São Paulo, Ática, 1979, v.4, p.73-76.)
Há dias que ela prestava atenção em si mesma, tentando entender. E há dias que ela não entendia nada. Não entendia, mas vivia, e viver era de uma intensidade tão grande que doía, não uma dor ruim, só uma dor. As tempestades aconteciam dentro dela, enquato aqui fora chovia uma chuva mansa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Falar à alma ...

"De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé"

(poesia também salva, amém)

http://letras.terra.com.br/maria-gadu/1495932/

Coisas que salvam...

Hoje só tenho três coisas a dizer:
- ponstan, digesan e lexotan.
(e dá para ser na veia???)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Não sei

Tenho falado demais, incapaz de conter as palavras. Talvez por já haver tanto dentro de mim. Talvez, não sei, por não querer mais contê-las. Tenho me exposto demais. E o mais estranho é que tenho me importado de menos. Tudo errado. Ou tudo extremamente certo. Não sei.

terça-feira, 2 de março de 2010

Um adendo importante nos mecanismos do ciúmes.

Alma, você tem toda razão, e o mundo também, como sempre. Basta eu dizer algo com muito absolutismo que vem o mundo (e você, minha alma) me mostrar o oposto. Li uma vez que a gente deve sempre colocar a data quando escreve uma opinião, para poder compará-la em um futuro próximo ou distante. Raul tinha razão ... prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter a velha opinião formada sobre tudo. No meu caso, não tão velha ... mas, vou refazer minha sentença. Sinto ciúmes sim, tenho ciúmes doentio dos meus livros (mas se não me engano você está com três livros meus e estou lidando bem com isso, emprestei outros que nunca tinha emprestado antes, então acho que estou evoluindo, me desapegando ...).
Também sinto ciúmes de algumas pessoas, não é ciúmes possessivo como dos livros, mas é. Então devo mudar o que disse ontem, velha opinião formada, e finalizar com uma sentença menos absoluta: Eu sou ciumenta.

(de confiar nas pessoas não abro mão, eu acredito e ponto).

segunda-feira, 1 de março de 2010

De novo o motoboy das gentilezas, o mesmo daqui.