segunda-feira, 24 de outubro de 2011

You are my sunshine.

Como é simples, pensou. Ela não entendia porque insistia em complicar. Ser feliz pode ser tão simples. Aspirou aquele cheiro, o cheiro dele. Fechou os olhos. Agora deu para imaginar coisas. Cheiros. Olhou ao redor, estava sozinha. O cheiro dele, saído sabe lá de onde, lhe fazia companhia. Nunca mais se sentiu sozinha, como poderia? Ele estava sempre com ela. Era uma presença concreta. Não conseguia explicar, as pessoas riam dela sempre que tentava. Sincronicidade era pouco, eles se ouviam e sentiam o que o outro sentia. Parecia piegas, mas não era. Era o que eles tinham. E, às vezes, por se ter, deixa-se de valorizar. Não que não valorizassem, mas é que o resto, o mundo, as dores, a falta ... começou a fazer morada no que tinham que mais sagrado, eles não perceberam. Até que um dia ela disse: é tão simples ser feliz, basta um olhar atento ao que se tem. Basta abrir o coração e sentir. Eles possuíam o que era mais difícil nesse mundo, quanto ao resto, dariam um jeito. Ela tinha certeza.