sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

SIM!

No corpo uma sensação boa, era um prazer sutil. Ela precisava prestar atenção em si mesma para senti-lo. E no meio do dia, de repente ela se lembrava da sensação, parava, fechava os olhos e abandonava-se por alguns segundos, sutilmente. E nesse momento parecia que ela fazia sentido, parecia que sua existência não era fruto do acaso. Parecia que sim! Ela tinha um porquê. E sim! Ela deveria mesmo estar ali. E, por Deus, sim, ela deveria estar sentindo aquilo. Sim! Sim! Sim! Ela tinha vontade de gritar, era um grito rouco, visceral, primal. SIM! Ela queria mais.
Mas ela não dizia, não gritava, quase não existia, só sorria, sorriso debochado, luxuria pura. Esse intenso e breve momento deixava em seu corpo uma marca, como se nela morasse uma brisa, leveza de carícia, sutil. Parecia pouco, mas era muito.

6 comentários:

[P] disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
[P] disse...

"leveza de carícia, sutil" também servem para mim quando se trata de dizer o que penso dos teus textos, Clarice. Eu já me conformei a dizer um certo "SIM"; acabei me rendendo às evidências e hoje sou só "SIM" pra quem me faz bem...

Um beijo!

ps: ADOREI teu comentário no meu último post. você me faz abrir um sorriso imenso quando vejo que consigo tocar pessoas de bom gosto como você, viu?

Welker disse...

Gritar libera endorfina... não sei nem o que é isso, mas pelo nome, parece bom. :B

Flávia disse...

me via nas suas palavras.

E sim, é muito...

beijos!

Luciana Andrade disse...

Adoro essas sutilezas da vida....

Clarice disse...

[P], obrigada por suas palavras, também fico muito feliz em tocar com leveza pessoas como vc. E sim, só para quem te faz bem, sempre!

Welker, dizem que gritar aumenta a produção de serotonina, que tb deve ser bom demais! (risos!)

Flávia, há quanto tempo! Como está a vida no Paraná? Espero que tudo bem. E sim, as vezes, o menos é mais!

Luciana, eu também!