sexta-feira, 31 de julho de 2009

Novo tempo.

Ela percebeu alarmada que faltava algo, algo importante, que por algum motivo que não conseguia entender, deixou faltar. Sabia que não tinha sido intencional, substituiu a descrença por um sentimento de praticidade moderno e o pragmatismo veio com o tempo. Ela deixou ele entrar, deu a sua permissão, sorrateiro, se instalou.

O que faltava era o amor, o amor como energia ... que mobiliza, que traz ar fresco ... Mas como pode o amor arejar se ela deixou que a descrença fizesse morada? O amor que faltava não era aquele do cotidiano ... todo dia ela faz tudo sempre igual ... esse, ela tinha. Achou que fosse suficiente, até entender que vivia um tempo de enganos. Meus Deus, como tenho me enganado ultimamente, disse em voz alta para si mesma lembrando-se de Rubem Bragra "Ultimamente tem se passado muitas anos.

O tempo para ela sempre foi relativo, não se apegava a dias, meses, anos, sempre a vidas. Quantos vidas foram necessárias? Ela sabia que o tempo dos enganos findava-se. Dera lugar a um novo tempo, brisa fresca, que mobiliza. Era o tempo do amor ... como energia que move, movia-se de encontro a ele, ao que fazia falta ...

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