quarta-feira, 13 de maio de 2009
Real e Absurda
Ela foi amável, escreveu palavras bonitinhas, argumentou com coerência. Mas não disse o mais importante, desperdiçou palavras comuns para explicar o inexplicável. Que saber a verdade? Nem todos querem. Ela sempre foi livre, podia voar e ser o que bem quisesse. Não tinha forma, nem voz, nem cor, nem nome. Ou tinha todos, e ser assim, sem ser, é a melhor forma de ser livre. E ela era. O tempo passou e os significados mudaram. Ele era a ponte entre ela e a outra, a outra que existia aqui, enquanto ela era onipresente nos seus devaneios mais absurdos e ousados. E ele estava ali, no meio, docemente sendo. Quando, por algum motivo, ela quis mudar a natureza dessa história, necessitava coragem. Ela precisaria despir-se numa nudez maior que simplesmente tirar as roupas. Uma nudez de alma, toda aquela história merecia esse passo. Ela queria ser real, mesmo que houvesse um custo, mesmo que ele não pudesse vê-la, mesmo que ele não quisesse. Ele quis. E seus olhos puderam vê-la totalmente nua e inteira. Sem falsos pudores. E o melhor foi que ela não sentiu vergonha de ver-se pelos olhos dele, não sentiu medo, sem receio, nem pesar. Ela estava à vontade. E isso é o melhor presente que ela poderia lhe dar. Mesmo que ele nunca entenda, mesmo que ela nunca consiga explicar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Estar à vontade! isso sim que é bom !
E há coisa melhor que ser?
Vir aqui é sempre um presente!
Ótimo fim de semana!
adoro esse travalinguas de pensamentos, bem doce!!!!!!
besos
pronomes
ela ele..
recorrentes por aqui
]beeeijo]]
Elisa, viver a vontade ... o que mais se pode querer?
Lu, venha sempre, plena!
Dazinha, seja bem vinda a minha janela, adorei sua definição, travalinguas de pensamentos!
Luisa, mas que recorrente, a terceira pessoa é sempre uma segurança (risos!) Eles que sejam! beijos
ver-se por outros olhos, dar-se a outros olhares... momento de não entender, não explicar.
Postar um comentário