segunda-feira, 22 de junho de 2009

... com um toque de dalí...

Ela passou o dia ruminando um sentimento, vaca de si mesma. Achou graça da imagem de si, vaca. Cílios longos, malhada, mastigando o tal do sentimento feito capim gordura. E nada de sentimento dar a cara. E nada de conseguir botar nome naquele bolo de capimsentimento, sentimento ruminado. Ela, vaca de si, ruminando o sentimentocapim, esperando pela metaformose que fará dela pessoa de si, mastigando o sentimento, em meio a saliva doce, depois do vinho rubi. Ela, pessoa de si, com o sentimento na mão esquerda, na outra mão a taça de vinho. Ela, pessoa de si, rindo da vaca, tão mais (sur) real. Ela, não mais vaca, não mais pessoa, só sentimento de si.

11 comentários:

Elisa Lis disse...

completamente compreensivo e sentido!

Anônimo disse...

ADOREI!!!!

Poeta Mauro Rocha disse...

...Com o toque de Dalí... e a sensibilidade de Clarice.

Ótimo!!

BJS

[P] disse...

Eu me lembrei de vários contos da Lispector enquanto lia o teu texto... MUITO bom!

Um beijo.

Anônimo disse...

olá.
acho os seus textos bem densos, gosto muito mesmo.

sorte e luz.

João Romova disse...

surrealismo poético...

Gabriela Domiciano disse...

um pouco de surrealismo não faz mal a ninguém!
=)

Flávio Borgneth disse...

Gostei da escada de existência. Me fez pensar por onde vou subindo.
Enfim. Bonita sua casa. Belos móveis. Pontuação rápida.
Eu volto! Bj!

Laís disse...

Ultimamente tenho percebido que os sentimentos sem nome são os mais bonitos. Gosto deles, gosto da companhia de cada um. Beijo grande!

Luisa disse...

nossa...
um texto embriagado
rs

beijo

João Romova disse...

voltando para ruminar teu texto...