quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os outros que aqui habitam.

- Meu Deus, como tenho encontrado respostas!
Ela ria de si mesma, se achava e se perdia mil vezes ao dia, mil vezes sabia de tudo, era senhora de seus passos, senhora de si. E em segundos ... se perdia, nem sabia mais onde pisava, nem quem era, nem para onde ia. Mas mesmo assim ia, mesmo quando não sabia. Ontem, entendeu que não era UMA só, não adiantava tentar reduzir-se.
- São muitos os seres que me habitam!
Era isso ... uma pessoa, muitas formas de expressão, por isso, às vezes não se reconhecia. Mas, matar qualquer um deles seria impossível, seria como matar a si mesma. Chegou a escrever uma carta de despedida. Mas como poderia dela mesma se despedir?
Não, não era dela que se despedia, se despedia dos olhos dos outros, dos olhos dos que conheceram as outras.
- Será que deixamos de existir por não haver olhos que nos vejam?
... não, acho que não, pois não somos vistos apenas pelos olhos ... existem os outros sentidos... e são eles que nos salvam, me salvam, a salvam.
Amém!

4 comentários:

NiNah disse...

Caraca, que maneiro!
Adorei. Sério mesmo.
Vez em quando me pego pensando nisso. Coincidência?
Beijas

Noh Gomes disse...

Nas suas entrelinhas
me encaixo
me jogo
me vejo


como sempre, amo seu espaço
bjobjobjo

Elisa Lis disse...

Muito bom!

Pior que eu estava conversando comigo mesmo sobre esses lados hoje mesmo =)

Clarice disse...

Ninah, acho que é deve ser o tal do consciente coletivo ... ou inconsciente ...


Noh, obrigada, fico feliz por se ver aqui, volte sempre.

Elisa, pior nada! ainda bem que vc conversa com os outros que ai habitam, é saudável!