sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um pouco de Bandeira.

ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar,
esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
(Manuel Bandeira)
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Eu já conhecia essa poesia no dia que vi Edson Nery da Fonseca declamando-a (apesar de não concordar totalmente com o Bandeira gosto da possibilidade dela). Foi em uma das mesas literárias mais lindas da Flip. O Edson é um senhor fofíssimo que com 87 anos sabia esse poema (e vários outros) de cor. E ao ser indagado pelo mediador se ele já havia "usado" o poema com alguma mulher, ele riu e disse: - Claro, com muitas!
Foi nesse dia que entendi que poesia também embriaga.

4 comentários:

NiNah disse...

hahaha
Espertinho ele.
Bjo

Ivan disse...

Clarice,

Eu também não concordo muito com o Manuel, não? Não concordo mesmo! Eu já acho que a alma dá sentido ao amor. Eu dispenso a alma para sexo. Tá, nem pra sexo. Tem que ter um tiquiiiinho de alma, mas tem que ter. rsss
Mas, pensando um pouco mais, eu até pensei numa boa possibilidade para deixar os corpos se entenderem quando as almas não se entendem. Mas, eu nao saberia escrever sobre isso.. rsss

Beijos.

Ivan.

Ju Haghverdian disse...

embriaga e incendeia...


;)

Clarice disse...

Ninah, bem espertinho mesmo! (risos)

Ivan, tente escrever sobre isso, talvez você se surpreenda com o resultado ;)

Ju, disse tudo!