"- Besta-Fera, está uma tarde belíssima. Vamos à Pampulha tomar uma cerveja.
- Você está doido? Não posso de jeito nenhum.
- Não analisa não.
Era a palavra de ordem, espécie de lema que comandava o destino dos três, diante do qual nenhum obstáculo se sustinha. Acordo tácito, compromisso de honra: não analisar, porque do contrário surgiriam problemas, todos tinham seus problemas. Esmiuçando motivos, prevendo consequências, nenhuma atividade seria possível, a vida perderia a graça. Tinham de viver em cada momento uma síntese de toda a existência, não analisar jamais!
Mauro abandonou sua pasta de remédios no meio-fio."
4 comentários:
OLa!! Adoro esse livro e já li 5 vezes, boa ideia, vou reler.
Um beijo!
Não analisar, né? Posso tentar, quem sabe não funcione...
Beijo!
ps: quando apareço, não te vejo on; estou com saudade de conversar também!!!
Na minha terra tem um ditado: "quem pensa, não casa".
E eu adiciono: Quem pensa MUITO, nem vive!
Às vezes vale muiot mais a pena arriscar-se aos impulsos imediatos do que analisar todos os ângulos. Tudo é simples, não é? Nós é que temos a tendência de complicar...
Beijos meus.
Poeta, adoro o Fernando Sabino e reler o Encontro Marcado está sendo muito bom, faça isso mesmo e depois compartilhe suas novas descobertas. bjs
P, sabe, que afinal, esse lance de não analisar foi bom? Faça isso, flor e depois volte para me contar.
Mary, disse tudo, menina, tem um música do Chico que diz assim, pensa duas vezes antes de agir e aja duas vezes antes de pensar ...
Beijos e apareça sempre.
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