domingo, 24 de janeiro de 2010

Olha, presta atenção, quero falar

Olha, presta atenção, quero falar. Na verdade estou tentando falar. Estou tentando resumir tudo em palavras, resumir essa pergunta oqueéissoqueháentrenós, e sabe? O resumo só não é possível, como também não cabe. Não há palavra para dizer. O jeito é sentir, sentir escancarado, sentir esse troço meio doce, amargo, agridoce. Sentir as borboletas que insistem em voar, todas elas, ao mesmo tempo. Sentir a chuva, lá fora e aqui dentro. Sentir os pingos, lá fora e aqui dentro. Não há jeito ou há? E o jeito que há... Não, eu não sei, estava aqui sentada, pensando e quanto mais eu penso, mais em sinto e o sentir cresce de uma forma que dói, mas não sentir também não é dor? Ou é oposto de tudo isso? A porta, sabe? A porta que abrimos, você escolheria diferente? Escolheria não abrir? A comoção das palavras, o arrebatamento das palavras é um caminho sem volta. Eu deveria ter avisado antes, mas como? Eu também não sabia. O que sei, nesse exato e preciso momento, é que as estrelas me mostram o caminho ... e nem é noite ainda.

4 comentários:

a calma alma má disse...

não sentir também é dor.
tem gente que gasta muito tempo tentando (re)aprender a sentir.
então, não olha pra trás.
olha pra frente, pro seu norte, ou pro sul.
não é pra lá que apontam as estrelas?

Noh Gomes disse...

Amores e desamores num mesmo ponto.

Simplicidade disse...

Te entendo perfeitamente, usou as mesmas palavras que eu usaria pra descrever!!!! Perguntas sem respostas, Saída sem retorno, caminho sem destino...

Clarice disse...

Alminha, é que ISSO é foda para mim, né?

Noh, e tudo isso junto!

Simplicidade, perguntas sem respostas e muitas respostas sem perguntas (risos!) ai ai ai