domingo, 30 de maio de 2010

No espaço mais sagrado que há.

Aquele espaço era sagrado para ela. Para ele qualquer espaço que compartilhassem palavras poderia ser considerado sagrado. Andavam por tantos espaços sagrados ultimamente, no meio das árvores, das lojas, das poltronas, das mesas, do edredon, ou ali, no meio dos livros.
Assim que ele chegou a atmosfera mudou. Era bom saber que ele estava ao alcance do seus olhos, das suas mãos. Ele sentou ao lado dela, ela sentiu seu cheiro. Era confortável, como estar em casa, seu cheiro tinha o poder de fazê-la sentir em casa, mesmo ali, naquele espaço sagrado.
Ela lia, ele escrevia. Ela espiava e sorria para ele. Ele sorria para ela. E a tarde nublada ganhou sol. Ela se levantou, ele foi atrás, nada disseram. As bocas se encontraram. E o beijo no meio dos livros teve um gosto especial. Gosto de palavras compartilhadas. Gosto de paz selada. Gosto de quero mais. Muito mais.

4 comentários:

Ivan disse...

Espaços sagrados, onde tiro os sapatos dos pés... lindo.

Poeta Mauro Rocha disse...

Espaços sagrados são os melhores lugares do mundo, eu fico numa estrela!

Um abraço!

Noh Gomes disse...

Descobri um novo espaço sagrado, dentro de um outro coração. Tem tanto tempo Janela que eu não sentia isso, na verdade a quase 7 meses tenho vivido em um lugar muito sagrado.

Ler vc é sempre tão bom, e que o sagrado seja eterno.

Beijo

Anônimo disse...

Olá Clarice... estou encantada com esse seu espaço tão suaaave...é assim a leitura que faço de seus textos objetivos,românticos e curtos..na medida certa!
São mesmo seus? Você é escritora?
Bem,um beijo de sua mais nova leitora Denise http://linhasvermelhas.blogspot.com/