quinta-feira, 20 de maio de 2010

Aos bons amigos - Parte 2.

Ela perguntou, ele respondeu. Ele respondeu de verdade, palavras vindas lá de dentro, sem pensar. Ele falava e ela sentia. As palavras tocavam porções bem esquecidas dentro dela. Ela não julgou o que ele dizia, só sentiu. Sentiu a verdade em cada pausa, na escolha de cada palavra. Perversidade. Mesquinharia. Egoísmo e Preguiça. Palavras que poderiam ter uma conotação ruim, mas que não tiveram, talvez por que fizessem sentido. Ou pelo esforço em dizê-las em voz alta, em assumi-las, era a redenção. Ele se redimia, ela entendia e sentia. As palavras ficaram dentro dela.
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Hoje novas palavras juntaram-se àquelas. Novos sentidos para antigos padrões. Mais uma vez um amigo, outro amigo, mais uma vez palavras ruins ditas pela boca mais gostosa do mundo. E de novo, ela estava repleta de palavras ... entendia e sentia ...

2 comentários:

Poeta Mauro Rocha disse...

Amigo é para tudo, se não for, não é amigo.

Bjs

Laís D'Andréa disse...

Às vezes dizer é tão difícil quanto ouvir. Sorte de quem tem pessoas que dizem as verdades mais amargas com amor.