terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um bilhete ao acaso.

Ela sabia, ela sentia. O Bilhete estava sendo lido naquele exato momento. Os mesmo olhos que fitavam as palavras, podiam quase vê-la. Os dedos que deslizavam pelo papel podiam quase tocá-la. Sua alma estava em cada uma daquelas palavras e também estava ali no seu corpo que desfalecia.
Ele não sentia, mas quase podia vê-la e não entendia. Quem era aquela que ele quase via nas entrelinhas das palavras? Ele achou um bilhete dentro do livro. Era um bilhete escrito a mão, letra bonita, papel amarelado, sépia. Não tinha data, só um nome, a quem foi endereçado. Na assinatura duas letras e ponto. Mas ao ler o bilhete ele viu um rosto que parecia vê-lo também. No verso do bilhete tinha o nome de outro livro. Ele voltaria no mesmo sebo para procurar o livro e sabia, sem entender porquê, ele sabia que no livro indicado encontraria outro bilhete.

2 comentários:

Poeta Mauro Rocha disse...

...Recadinhos de sonhos...

Muito bom!!!

Um abraço!!

Clarice disse...

Poeta, bilhetes são sempre bons, vindo das brumas, melhor ainda. (risos!)