quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Entre contradições

Ela era muito contraditória, queria ser coerente, mas só conseguia ser condescendente. Ela continha em si opostos, lua e sol a habitavam. Ela podia ser garoa que se transforma em tempestade, com direito a inundações. Era brisa e vendaval. Era terna e passional. Era noite estrelada e manhã ensolarada. Às vezes acordava nublada e assim permanecia por vários dias, dias sem fim. Não gostava de ser sombra, mas sabia que quanto maior a luz, maior a sombra, aturava sua sombra. Tinha segredos, mistérios, mas sabia revelá-los, sabia, sobretudo, revelar-se.

3 comentários:

[P] disse...

Acho que as contradições acabam nos ajudando a entender a nós mesmos. É claro que acho isso nos momentos em que não sou movida por elas. Quando estou envolta em dúvidas contraditórias não as vejo como tão úteis assim...

Beijos, Clarice dos comentários gentis.

:)

Poeta Mauro Rocha disse...

Um livro e seus segredos, revelados entre contradições, entendido pelas emoções...

Um ótimo fimde semana.

Um abraço!!

Clarice disse...

[P] amo e odeio minhas contradições, alternadamente e infinitamente. É como uma bênção e uma maldição(risos!) beijos gentis da janela.

Poeta, você tem toda razão: o entendimento deve vir sempre pelas emoções. òtimo fim de semana para vc tb.