sábado, 5 de abril de 2014
Quase um alívio...
Deixar ir e não lutar. A hora, o momento, o lugar para deixar ir é algo cheio de sutilezas. Linhas tênues separam o que deve ser desapego (deixe ir) e a falta de esforço ou dedicação por algo (você precisa lutar). Qual o momento exato para entender que é hora de partir? Qual o lugar mais apropriado para entender que não adianta reter? Na praça do aeroporto ou nas entrelinhas? Fica aquele gosto amargo na boca (e no coração) de não ter tentado mais uma vez, a última. Mil vezes, a última vez.
Chega um tempo que é sábio entender, mesmo sem querer, que quem quer, fica. Quem ama, cuida. Que palavras doces, são só, e tão somente, palavras doces. Nem verdade, nem mentira, apenas palavras.
O entendimento pode acontecer em qualquer lugar, até no hall de um edifício comercial. Entre o sentimento da perda e da falta de qualquer tipo de humanidade que o ato possa despertar, surge, como o riscar de um fósforo, uma luz, mesmo que fugaz, um calor, mesmo que efêmero, um cheiro...de alivio. Hora de parar de se debater e aceitar, é hora de deixar ir ...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário