quinta-feira, 10 de abril de 2014

Beijo na boca



Quantas vezes me perdi na sua boca? Nem sei. Mas consigo me lembrar de todas as vezes que me achei no nosso beijo. Desde o primeiro, o beijo do encontro, do reencontro, do reconhecimento. Aquele beijo que rompeu crenças antigas e trouxe novas perspectivas, resgatou um ser. Talvez dois, ouso dizer.
O beijo que selava a paz, depois de cada briga. O beijo que trazia o ar, depois de cada ausência. O beijo entre os livros, sagrado. O beijo na Biblioteca Nacional ... sobre ele, nada posso dizer.
Esse espaço, como um portal, uma dimensão alternativa, uma ausência do ser/estar e ao mesmo tempo a presença mais maciça e real. Era esse o espaço do nosso beijo. Eu contida no seus braços, minha alma na sua boca. Seus olhos, por momentos, meus.
Outros tempos .... outras bocas ... outros beijos...
Mas o que é sagrado fica, mesmo que em outra vida.

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