sexta-feira, 18 de abril de 2014

Não posso abrir mão disso, me desculpe.


Sou apegada às memórias, cartas, bilhetes, e-mails, mapa astral, cartazes, mimos, histórias. Sou apegada a demonstrações de amor, mesmo quando o amor acaba. Guardo tudo. Gosto de baú, dedicatórias em livros, cartas manuscritas. Cartas amareladas com cheiro de ontem. Bilhetes em guardanapo, em papel de pão, papelão e até na mão.
Acho que guardar palavras, para um dia reler, é uma forma de sentir de novo. Palavra escrita (endereçada a mim, escrita para mim, escrita por mim) é algo precioso e sagrado e, nesse caso, sou possessiva, precisam ser minhas e morar comigo. Me desculpe, não possa abrir mão disso.

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