Eu não escolho, quando sento para escrever, nunca sei quem vai aparecer. São tantas aqui dentro, algumas nem conheço ainda. Outras, nem quero. Respeito todas, mesmo as que não aceito. São essas que mais me ensinam.
Algumas tomam o meu lugar, vivem em mim por um tempo. Usam meu corpo, embotam meus sentidos, e elas, não eu, gozam sem pudor algum. Gosto mais dessas mulheres que usam meu corpo do que gosto dos homens que por elas são usados.
Tive medo dessa frase, medo da censura. De novo, não minha, delas. Não sou eu, entende? São elas. Não, ninguém entende, e às vezes me canso de explicar. Elas não, elas são incansáveis e, belas. Meus Deus, como são belas essas mulheres.
Algumas não escrevem, só narram, nesse caso, sou eu a registrar o que elas têm a dizer. Outras não me deixam escrever. Essas são tristes.
Engraçado dizer assim ... essas mulheres, sempre no plural. Sempre coletivo, talvez por isso nenhuma tenha medo da solidão. Nunca estamos sozinhas. Ou sempre estamos, por ser assim, o nosso estado natural de ser e estar.
Ah, deixa para lá ... Não há muito a explicar, porque já aprendi, depois de muito pelejar, que palavras, muitas vezes, enganam a gente. Aprendi que nem toda poesia vem do poeta, que há trapaça, também do lado de lá. Nem toda palavra escrita é de verdade, nem há verdade em tudo que se diz. Aqui por exemplo, não há;
Um comentário:
Olá! Estou adorando o seu Blog...sempre tento deixar um comentário por onde passo, quando gosto do site ou Blog. Sou fã de Clarice Lispector, o nome do Blog foi o que me atraiu, mas foi uma alegre surpresa, os seu escritos!
Também tenho um Blog...ainda em fase de crescimento. É sobre livros, literatura em geral, quando puder dê uma passadinha para conhecer: www.livrosdepapyro.com.br
Abs
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