terça-feira, 2 de novembro de 2010

Palavras que escrevo.

Temos nossos segredos, códigos, entrelinhas. Mensagens subliminares. Eu digo, você ouve. Você diz, eu sinto. Sinto porque é isso que as palavras fazem comigo. Por isso sou das palavras. Entende? Eu sinto o que é dito. Sinto dentro de mim. Esse é o poder que as palavras têm. Sou essencialmente sensorial quando se trata do que é dito. O maracuja do bosque, a cereja da rua, a pera do estacionamento, muito mais do que cores, cheiros, gostos, são palavras para mim. Palavras que contam uma história, que contam a nossa história. Talvez seja isso, só agora percebo, só agora entendo. Naquele dia, aquele do vestido branco, sabe? Não vou dizer onde, não vou dizer o que, mas você sabe. Aquele dia que você me pediu: escreva sobre isso. Eu escrevi, e continuo escrevendo...Acho que é isso que me salva, nos salva. Amém.

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