quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E fim. O fim do começo.

Todo fim é como um começo. Acaba-se para começar. É a tal da Roda da Vida que nunca tem fim. Então, o fim é o recomeçar. Fazer de novo. Abrir a porta depois da ventania. É manter a janela aberta, mesmo sem conseguir ver a paisagem lá de fora por causa dos olhos inundados. Você me devolve objetos que eu não quero. Eu devolvo, sem querer, objetos que você quer. Você me devolve muito mais do que eu sou capaz de entender. Não, não estou deixando as coisas mais difíceis, só estou falando ... falando para buscar o sentido, escrevendo para entender. Porque é isso o que eu sou, é isso que sei fazer... sou uma pessoa das palavras.

4 comentários:

Bianca Azenha disse...

eu não devolvi nada...

Jaya Magalhães disse...

"Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."

Não sei, mas eu cantarolei esses versinhos de Chico, ao ler-te. Vai ver foi o uso do termo "roda da vida". Vai ver foi a vida. E a poesia.

Acaba-se para (re)começar. Amém!

Um beijo.

Ivan disse...

Quando a gente escreve, tudo parece ter outra dimensão, não é mesmo? Há um pensamento que diz que a letra por si só, não vivifica, mas carece do espírito que gera vida e luz. Acho que é isso que Fernando Pessoa também quis dizer com 'quem não vê bem uma palavra não vê bem uma alma', mas talvez de uma forma inversa... ah sei lá, acho que tô cansado... rsss
Vc tem razão. Palavras é o que há!

Beijinho.

Ivan

Clarice disse...

Sonhos Amadores, acho que o bom é não devolver mesmo ...

Jaya, amo Chico, amo Roda Vida. Palavras tão boas as suas. Amém daqui também.

Ivan, ser uma pessoa das palavras nem sempre é fácil, porque em alguns momentos as palavras não bastam, é preciso a alma... e isso dá uma confusão danada ;)