segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Raiva

Eu senti raiva. Passei alguns dias com muita raiva. Eu não sou uma pessoa de raiva, tento cultivar sempre bons sentimentos, e nunca sinto raiva por mais de cinco minutos. Achava que desse jeito era certo. Há algum tempo fui em um médico que pratica medicina chinesa, depois de conversarmos por algum tempo ele pegou no meu pulso, olhou a minha língua e antes de começar a equilibrar meu chin com acupuntura me disse que eu tinha excesso de energia do fígado, órgão também relacionado com raiva. A verdade é que até aquele momento eu nunca tinha pensado que não sentia raiva, ou melhor sentia, mas sempre dava um jeito de minimizá-la. Grande erro. Entendi que a raiva é boa, move, mobiliza, traz o sangue para as veias, deixa a gente mais passional, e isso tudo quando usado para o bem, constrói. Desde de então tenho tentado sentir raiva. Mas nunca antes tinha passado tanto dias em contato com ela. Senti raiva de tanta gente, senti raiva de tanta coisa. Confesso que ainda não consigo lidar com ela de forma construtiva, mas pelo menos já consigo conviver por mais tempo com ela, mesmo que depois me sinta péssima, cansada e triste. A raiva se transformou em tristeza. Não fui valente ... perdi a batalha.

3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

vc gosta de gente valente, neh?
então pq não tenta ser um pouco
valente tb?
vc não me conhece,
mas sou uma pessoa
bem explosiva. Qdo
sinto raiva, costumo
mostrar na hora. Não é fácil,
as pessoas às vezes se assustam, mas a gente se resolve.
O que não dá é pra viver num
mundo de vidro, cheio de
raiva...dá engulhos. Ontem
passeei por seus outros nomes,
e vi que qdo penso q vc está bem,
em maior equilíbrio, e que aí
posso me mostrar mais firme contigo
(apesar de eu não estar nada firme,
de estar tb em desequilíbrio, de tb precisar de ajuda -- não qq ajuda, mas de alguém que prá mim tenha valor, e vc sabe que tem) -- bom, qdo penso q vc está mais forte, vejo que tem raiva sim, mas
uma raiva de criança, não sei se de criança sozinha, carente ou de criança mimada...uma raiva q parece mesmo ódio, ódio das pessoas, asco das pessoas...
esse tipo de raiva, q é o que mais vejo nos blogs (e tem um lado muito legal, de liberação, mas outro babaca, uma revolta juvenil q não chega ao fim do q está a olhar, q destrói a coisa sem antes conhecê-la, q queima o livro q ainda não leu, arrebenta a porcelana sem saber pq ela tem valor, onde foi feita, como e pq foi feita...) -- essa raiva eu não sinto e não quero sentir.
Sinto sua falta. Falta da sua voz.Falta dos seus olhos. Mas não vou correr atrás de vc, assim como vc não corre atrás de mim.
Estou mesmo tentando sacar melhor
a minha raiva. Mas me aproximando das pessoas, e não apostando no que é mais distante, mais fácil de gerar enganos, que é a linguagem escrita, ou mesmo a fala por telefone. Sonho com minhas irmãs. E conto pra elas os sonhos. E eles trazem raiva. Mas tb alegria, beleza. Quero achar que ainda me trazem chaves.

Se cuida.
Gosto demais de vc,
e isso não precisa mais
(talvez nunca tivesse
mesmo precisado)
de nenhuma explicação.
bjs

Clarice disse...

Anônimo, minha mãe me ensinou a não falar com anônimos, digo, estranhos. Mas abri uma exceção, pois acho que vc me toma por outra pessoa, sorry, mas a mensagem não foi decodificada.