segunda-feira, 16 de junho de 2008
E fim!
Era inegável que havia algo que os unia. O tempo nada fez por eles, além de passar. O tempo não curou, não apagou, não deixou o sentimento sépia, nem o gosto ocre. De que material seria feito esse fio que os mantinham conectados? Fio elástico que poderia suportar até a maior de todas as distâncias, poderia suportar a indiferença, a saudade, a dúvida. Suportou a dor de todos os outros amores, sem perder a cor, o cheiro, a música. Muitas vezes foi a salavação necessária para continuar andando, outras tantas a maldição que prendia, que fazia sufocar, delírios vãos. Ela, finalmente encontrou a resposta, um sonho, a lâmina capaz de cortar o fio. Antes certificou-se de que ele estava bem. Sim, foi a resposta. A última vez que a vi, ela estava caminhando decidida com uma lâmina brilhando em suas mãos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Eu espero que ela seja de circo e que seja a mulher barbada, caso contrário é melhor correr....rsrssrs Como sempre um ótimo texto.
Um abraço!!
MAURO ROCHA
Menina... você me traduziu neste texto. Preciso de uma lâmina pra abrir meu peito.
Bjos.
Poeta, só corre quem teme (rs!)
Daniel, tem horas que o ar não entra, né? Que parece que tudo nos sufoca. Sabe o que eu faço nesses momentos? Vou lá pra fora!
Postar um comentário